Folha de Londrina

Ibovespa mantém correções e cai 0,43%

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Cenário externo faz Índice Bovespa cair

O Índice Bovespa deu continuida­de à realização de lucros vista nos últimos pregões e cedeu 0,43%, marcando 75.726,80 pontos ao final da sessão. As justificat­ivas para essa nova correção vieram essencialm­ente do cenário externo, que contou com alta do dólar ante emergentes, queda do minério de ferro na China e um feriado nos Estados Unidos, que reduziu a liquidez dos negócios. A B3 registrou R$ 6,8 bilhões movimentad­os no segmento Bovespa, quase 30% abaixo da média diária da semana passada, de R$ 9,4 bilhões. “Essa correção que vemos nos últimos pregões não indica alteração de tendência da bolsa, que continua a ser de alta”, disse Guilherme Macêdo, sócio da Vokin Investimen­tos.

Mineração e siderurgia puxaram quedas

As quedas mais relevantes do dia ficaram com as ações dos setores de mineração e siderurgia, que reagiram à piora do desempenho da economia chinesa em setembro, medida pelo PMI Composto, e pela consequent­e queda dos preços do minério de ferro nos mercados futuros. Com isso, Vale ON teve baixa de 1,99%. Entre as siderúrgic­as, destaque para CSN ON (-3,41%) e Gerdau PN (-0,56%). O setor financeiro, bloco de maior peso no Ibovespa, também contribuiu para a queda da bolsa. Ao final dos negócios, Banco do Brasil ON teve queda de 1,11%, enquanto Itaú Unibanco PN perdeu 1,19%. A exceção foram as units do Santander Brasil, que avançaram 1,71%.

Dólar fecha em alta cotado a R$ 3,18

O dólar se manteve em alta ante o real durante toda a sessão, alcançando o patamar de R$ 3,18, em um dia marcado pela baixa liquidez por causa do feriado do Dia de Colombo nos Estados Unidos. Segundo analistas, o câmbio doméstico acompanhou o movimento da moeda americana frente a outras divisas emergentes e ligadas a commoditie­s, refletindo a percepção de que os juros americanos subirão em dezembro. No campo doméstico, predominou a cautela em relação à tramitação da segunda denúncia contra o presidente Michel Temer na Comissão de Constituiç­ão de Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados. O dólar à vista fechou em alta de 0,92%, a R$ 3,1861.

Juros confirmam movimento de alta

Os juros futuros de longo prazo confirmara­m no fechamento da sessão regular o movimento de alta visto desde a parte da manhã, mas encerraram longe das máximas. O exterior foi a principal referência para as taxas, alinhadas ao avanço do dólar sobre moedas de economias emergentes incluindo o real. Com isso, a taxa do contrato de Depósito Interfinan­ceiro (DI) para janeiro de 2019 arrefeceu no final para fechar no mesmo patamar do ajuste de sexta-feira, em 7,35%. As taxas do DI para janeiro de 2020 e janeiro de 2021, contudo, subiram e terminaram em 8,28% (8,23% no último ajuste) e 9,00% (8,92% no ajuste anterior). A taxa do DI para janeiro de 2023 subiu de 9,60% para 9,70%.

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