‘É preciso pensar em estratégias’
A chefe da seção de atenção primária da saúde da 17ª Regional de Saúde de Londrina, Néria Lanziane Janeiro Egger, destaca que a campanha Outubro Rosa já está estabelecida. “A gente vê que está todo mundo mobilizado, mas ainda têm muitos casos detectados tardiamente”, aponta, destacando que a preocupação é com as mulheres que não têm o hábito de realizar os exames rotineiramente.
A estratégia será rastrear essas pessoas por faixa etária. “Estamos buscando essas pessoas por meio dos ACS (agentes comunitários de saúde). Eles irão nas casas para identificar se as mulheres já fizeram os exames e a partir disso será agendada uma conversa com a enfermeira da unidade básica de saúde e buscar esse cuidado”, destaca.
Uma das estratégias para melhorar a quantidade de pessoas que realizam os exames, segundo ela, seria que as unidades de saúde trabalhassem com horários alternativos, principalmente no exame preventivo de colo de útero. “Muita gente trabalha nos horários de funcionamento das UBS (unidades básicas de saúde) e não tem oportunidade de realizar os exames a não ser que se façam campanhas no sábado. É preciso estender o horário para oportunizar o atendimento a esse público. Outra estratégia é ir para empresas e realizar esses exames lá. É preciso pensar em estratégias diferentes para atingir esse público. O câncer de colo de útero é uma coisa simples de detectar e tratar”, aponta.
Segundo dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM–Sesa), nos últimos três anos foram quase 300 mortes por câncer de mama e aproximadamente 80 mortes por câncer de colo uterino nos últimos 3 anos na área de abrangência da 17ª Regional de Saúde. Desse total, Londrina foi responsável por 165 mortes por câncer de mama e 50 óbitos por câncer do colo uterino.
( V. O. )