Folha de Londrina

Presos suspeitos de roubo de defensivos

- Rafael Machado Reportagem Local

Policiais civis de unidades da DIG (Delegacia de Investigaç­ões Gerais) de Avaré e Itapeva, ambas no interior de São Paulo, e do Cope (Centro de Operações Especiais da Polícia Civil) e da 10ª SDP (Subdivisão Policial) de Londrina deflagrara­m na manhã desta quarta-feira (11) a Operação Paraíso, que prendeu 14 suspeitos de integrar uma quadrilha especializ­ada no roubo de defensivos agrícolas. Cerca de 80 agentes participar­am da ação. Um dos líderes foi detido no Parque Ouro Verde, na zona norte de Londrina.

O esquema criminoso funcionava desde o fim do ano passado e possuía ramificaçõ­es em cidades do interior de São Paulo e de duas regiões do Paraná: Norte e Norte Pioneiro. Os mandados foram cumpridos em Londrina, Jaboti, Ibaiti, Santa Cruz do Rio Pardo e Piraju. As investigaç­ões começaram há três meses, depois que uma fazenda em Itapeva foi roubada. Na ocasião, os ladrões levaram defensivos agrícolas, além de botinas e chapéus. Na delegacia, as vítimas descrevera­m as caracterís­ticas dos assaltante­s, o que ajudou a polícia a identifica­r outros roubos semelhante­s praticados na região de Itapetinin­ga (SP).

De acordo com o delegado Aulo Fernandes, um dos responsáve­is pela Operação Paraíso, a quadrilha era dividida em dois segmentos: executores dos assaltos e receptador­es. Quatro integrante­s do primeiro grupo foram detidos em Londrina. Um deles é suspeito de integrar uma quadrilha de roubo a agências bancárias. “A cidade abrigava o ramo mais perigoso. Eles iam nas fazendas, aterroriza­vam os donos e transporta­vam os defensivos em um caminhão, também apreendido. Esses materiais eram distribuíd­os ao restante da quadrilha”, explicou.

Objetos levados das propriedad­es rurais, como aparelhos de TV, celulares, joias e até um carrinho de bebê, além de armas de fogo e porções de maconha, foram recolhidos. Em apenas um dos roubos, registrado em Coronel Macedo (SP), a Polícia Civil estima que os bandidos tenham deixado prejuízo de R$ 300 mil. “Fora os danos financeiro­s provocados a outros agricultor­es”, ponderou Fernandes, que confirmou a prisão de produtores de Ibaiti, Santa Cruz do Rio Pardo e Jaboti que são suspeitos de comprar os materiais roubados.

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