Folha de Londrina

Banco Mundial prevê retomada na AL puxada pelo Brasil

- Isabel Fleck/Folhapress

Depois de seis anos de desacelera­ção econômica e de uma retração de 1,3% em 2016, a América Latina e o Caribe crescerão 1,2% em 2017 e 2,3% em 2018, impulsiona­dos por Brasil e Argentina, segundo dados apresentad­os nesta quarta-feira (11) pelo Banco Mundial. “A recuperaçã­o será liderada por uma robusta retomada da Argentina, que deve crescer 2,8% em 2017 e 3% em 2018, e pelo Brasil, que deve retomar o cresciment­o também, com aumento de 0,7% do PIB em 2017 e 2,3% em 2018, após dois anos de contração”, diz o relatório do banco sobre a situação econômica Banco Mundial alerta ainda para os riscos representa­dos pela frágil situação fiscal dos países da região. Segundo o relatório, 28 dos 32 países da América Latina e Caribe vão registrar balanço negativo neste ano. “A situação é bastante precária”, disse nesta quarta o economista chefe do Banco Mundial para América Latina e Caribe, Carlos Végh, antes de destacar que as taxas médias de endividame­nto vão se situar, neste ano, em 58,7% do PIB, com seis países com taxas superiores a 80% -entre eles, o Brasil.

Végh reconheceu que a região já começou um processo de ajuste fiscal gradual. “Embora os países da região precisem realizar ajustes fiscais para se adaptarem à nova realidade após a bonança das commoditie­s, muitos estão certos em promovê-las gradualmen­te para evitar uma nova recessão”, disse.

Washington, EUA - da região.

Os dados usados são previsões de analistas de mercado, e diferem um pouco dos apresentad­os na última terça-feira (10) pelo FMI (Fundo Monetário Internacio­nal), que prevê, por exemplo, cresciment­o de 1,5% para o Brasil em 2018. Segundo o Banco o que aumentaria a necessidad­e, no curto prazo, de que a região conte com suas “próprias fontes de cresciment­o”.

“Em particular, [são necessária­s] reformas estruturai­s em pensões, mercados de trabalho e educação e aumentos no gasto de infraestru­tura”, diz o relatório. O

Segundo o relatório, 28 dos 32 países da América Latina e Caribe vão registrar balanço negativo neste ano

Mundial, a expectativ­a é que os fatores externos que tipicament­e têm sido associados ao cresciment­o da região, como o preços das commoditie­s, permaneçam “estáveis”,

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