Banco Mundial prevê retomada na AL puxada pelo Brasil
Depois de seis anos de desaceleração econômica e de uma retração de 1,3% em 2016, a América Latina e o Caribe crescerão 1,2% em 2017 e 2,3% em 2018, impulsionados por Brasil e Argentina, segundo dados apresentados nesta quarta-feira (11) pelo Banco Mundial. “A recuperação será liderada por uma robusta retomada da Argentina, que deve crescer 2,8% em 2017 e 3% em 2018, e pelo Brasil, que deve retomar o crescimento também, com aumento de 0,7% do PIB em 2017 e 2,3% em 2018, após dois anos de contração”, diz o relatório do banco sobre a situação econômica Banco Mundial alerta ainda para os riscos representados pela frágil situação fiscal dos países da região. Segundo o relatório, 28 dos 32 países da América Latina e Caribe vão registrar balanço negativo neste ano. “A situação é bastante precária”, disse nesta quarta o economista chefe do Banco Mundial para América Latina e Caribe, Carlos Végh, antes de destacar que as taxas médias de endividamento vão se situar, neste ano, em 58,7% do PIB, com seis países com taxas superiores a 80% -entre eles, o Brasil.
Végh reconheceu que a região já começou um processo de ajuste fiscal gradual. “Embora os países da região precisem realizar ajustes fiscais para se adaptarem à nova realidade após a bonança das commodities, muitos estão certos em promovê-las gradualmente para evitar uma nova recessão”, disse.
Washington, EUA - da região.
Os dados usados são previsões de analistas de mercado, e diferem um pouco dos apresentados na última terça-feira (10) pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), que prevê, por exemplo, crescimento de 1,5% para o Brasil em 2018. Segundo o Banco o que aumentaria a necessidade, no curto prazo, de que a região conte com suas “próprias fontes de crescimento”.
“Em particular, [são necessárias] reformas estruturais em pensões, mercados de trabalho e educação e aumentos no gasto de infraestrutura”, diz o relatório. O
Segundo o relatório, 28 dos 32 países da América Latina e Caribe vão registrar balanço negativo neste ano
Mundial, a expectativa é que os fatores externos que tipicamente têm sido associados ao crescimento da região, como o preços das commodities, permaneçam “estáveis”,