Folha de Londrina

BOCA ABERTA

Para a perda de mandato serão necessário­s ao menos 13 votos dos 19 vereadores na sessão marcada para as 8 horas deste domingo (15)

- Guilherme Marconi Reportagem Local politica@folhadelon­drina.com.br

Vereador mais votado do Paraná poderá se tornar no domingo o segundo parlamenta­r cassado na história de Londrina

Overeador mais votado do Paraná, Emerson Petriv (PR), o Boca Aberta, poderá ser o segundo parlamenta­r cassado da história de Londrina. Para isso, serão necessário­s ao menos 13 votos dos 19 vereadores na sessão de julgamento marcada para às 8 horas deste domingo (15). Ele é acusado de suposto ato atentatóri­o ao decoro parlamenta­r ao pedir dinheiro nas redes sociais para pagar uma multa eleitoral de R$ 8 mil. Boca Aberta alega que não há crime e a defesa tenta anular na justiça o procedimen­to aberto na Câmara Municipal de Londrina.

De acordo com o procurador jurídico da Câmara, Miguel Aranega Garcia, o rito da sessão seguirá rigorosame­nte o que determina o decreto federal nº 201/1967. “A sessão poderá ser iniciada com a leitura de peças do processo, caso o pedido seja feito por qualquer um dos vereadores, incluindo o parlamenta­r denunciado. Na sequência, aqueles que desejarem poderão se manifestar verbalment­e, pelo tempo máximo de 15 minutos”, informou. Após esta fase será aberto o prazo para defesa de Boca Aberta. Ou seja, o vereador terá o prazo máximo de duas horas para produzir sua defesa oral.

Já a votação será feita de forma nominal e aberta, que resultará na absolvição ou na cassação do mandato do vereador. Quando terminar o julgamento, se a decisão for pela perda do mandato e per- da de direitos políticos por oito anos, o presidente da Câmara expedirá imediatame­nte o decreto legislativ­o de cassação. Caso contrário, o presidente determinar­á o arquivamen­to do processo.

Para participar do processo os interessad­os precisaram se cadastrar nesta sextafeira (13) apresentan­do documentos pessoais com foto e comprovant­e de residência. De acordo com o diretor geral da Câmara, Sandro Morais de Medeiros, a medida visa à segurança dos munícipes, servidores, vereadores e demais profission­ais presentes à sessão. “Segundo laudo do Corpo de Bombeiros, as galerias do prédio, que são o pavimento superior da Sala de Sessões, comportam no máximo 190 pessoas, portanto este será o número de senhas distribuíd­o. Assim poderemos organizar o fluxo de pessoas e garantir a segurança de todos.”

O diretor informa ainda que o protocolo de segurança conta com o apoio da Guarda Municipal e das polícias Civil e Militar. “Esta é uma Casa pública, onde as pessoas têm o direito de se manifestar, mas de forma civilizada e obedecendo às normas estabeleci­das”, explicou Sandro Morais. de história Câmara Municipal de Londrina apenas uma levou à cassação do mandato e perda dos direitos políticos de um vereador: foi o caso de Orlando Bonilha (PR), em 2008. Em 1981, o radialista Paulo Sergio Ferreira (MDB, atual PMDB) foi absolvido pela Câmara da acusação de supostos crimes de estelionat­o. Em 2010, acusado de contrataçã­o de funcionári­a fantasma, Rodrigo Gouvêa (PTC) foi investigad­o por uma CP, mas absolvido pelos seus pares.

Na história de Londrina os ex-prefeitos Antonio Belinati (2000) e Barbosa Neto (2012) tiveram os mandatos cassados pelos vereadores por infração político-administra­tiva e, consequent­emente, os direitos políticos suspensos por oito anos.

Para participar do processo os interessad­os precisaram se cadastrar nesta sexta-feira (13) HISTÓRICO Das quatro Comissões Processant­es abertas nos 81 anos

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Ricardo Chicarelli/06-07-2017 O parlamenta­r poderá ser o segundo integrante do Legislativ­o cassado na história de Londrina

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