Trajetória política marcada por polêmicas
Vereador eleito pelo Partido da República (PR) com 11.480 votos em outubro de 2016, Emerson Petriv foi assessor do então deputado estadual Antonio Belinati (2007-2010), ex-prefeito de Londrina em três gestões (foi cassado em 2000 sob a acusação de gastos excessivos em publicidade e promoção pessoal na inauguração do Pronto Atendimento Infantil).
Na Sercomtel, empresa municipal de telefonia, Boca Aberta também ocupou cargo comissionado. Na política, a primeira candidatura foi em 2014 para deputado estadual quando obteve 12.210 votos já com o apelido “Boca Aberta”.
A atuação polêmica ficou mais conhecida do grande público quando começou em 2012 a andar por toda Londrina com uma bicicleta com uma caixa de som. O exprefeito Alexandre Kireeff, a ex-vereadora Sandra Graça e outros vereadores e deputados foram alguns dos alvos do vereador.
Ainda antes de assumir a vaga na Câmara, levantou a bandeira da redução do salário dos vereadores e, ao ser eleito, comunicou que ficaria com salário de professor em início de carreira de cerca de R$ 1.900. A diferença do salário fez doações, mensalmente, ao vivo em um programa de televisão para o Hospital do Câncer.
Mesmo dentro da Câmara, as polêmicas marcaram seu mandato. No início do ano, ao realizar a chamada “Blitz da Saúde” com visitas em postos de saúde e UPAs, acabou provocando a ira de profissionais quando entrou em áreas exclusivas de funcionários. Dentro da Câmara, o bate-boca com vereador Jamil Janene (PP) e um vídeo gravado de conversa com o procurador jurídico Miguel Aranega Garcia foram os mais divulgados.
Boca Aberta também foi desmentido publicamente pelo Diretório Estadual do Partido que negou ter apresentado carta de repúdio à Câmara de Londrina contra a abertura da Comissão Processante. Apesar de ser do mesmo partido do atual prefeito Marcelo Belinati (PP), o vereador muitas vezes foi uma das vozes de oposição em plenário. Ele votou contra o principal projeto do ano do Executivo que alterou a planta de valores que serve de base de cálculo do IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).
BAIXA EFETIVIDADE
Dos 19 projetos de lei apresentados pelo vereador em nove meses de mandato, apenas um virou lei. Trata-se de uma declaração de utilidade pública da Associação Voz do que Clama. Apesar de liderar as iniciativas, os projetos não foram efetivos: 12 foram arquivados e os demais retirados de pauta por tempo indeterminado. Isso porque as matérias foram recusadas pela Comissão de Justiça que considerou a inconstitucionalidade no projeto com parecer das assessorias técnica e jurídica.
Alguns temas tratavam de demandas de âmbito estadual e federal que não poderiam prosperar no Legislativo e outras simplesmente não tinham embasamento legal. Entre os projetos estava o que o prefeito só poderia conceder aumento de ônibus com aprovação da Câmara, o que institui passe livre para desempregados e o programa “Vai em Pé no Busão”, para conceder benefício de meia passagem para os passageiros que viajarem de pé.
Dos 19 projetos apresentados pelo vereador em nove meses de mandato, apenas um virou lei (G.M.)