Folha de Londrina

COLUNA DO PVC

O Palmeiras parece ser o único com chance de revolucion­ar o Brasileirã­o.

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É possível mudar

O Palmeiras mudou. O São Paulo também. No caso de Dorival Júnior, mexeu na formação da equipe, com Jucilei como primeiro volante e Petros, o mais voluntario­so da equipe, atuando como armador, junto com Hernanes.

Deu tanto resultado a ponto de fazer 2 a 0 no primeiro tempo e ter Hernanes como melhor jogador em campo, autor de um cruzamento para o gol de Pratto e de uma infiltraçã­o na jogada do segundo.

O Palmeiras com Alberto Valentim troca mais passes no campo de defesa e preza mais a posse de bola. Edu Dracena e Juninho saem com lances mais curtos, sem ligação direta para o ataque.

Alberto Valentim não conhece Maurizio Sarri, o técnico do Napoli. Quem lhe disse para observar o líder do Campeonato Italiano foi seu ex-treinador, na Udinese, Luciano Spaletti.

Alberto Valentim levou à Itália vídeos do Red Bull, que dirigiu no Campeonato Paulista de 2017. Spaletti viu e indicou que acompanhas­se o Napoli. O atual treinador da Internazio­nale julga que o estilo do técnico palmeirens­e se parece com o que o Napoli adota e neste momento domina a Itália.

Marcação no campo de ataque na maior parte do tempo possível, troca de passes na saída de bola e busca do gol incessante.

Spaletti gosta do ataque, mas preza a defesa. Sarri fez do Napoli o quarto melhor ataque dos grandes campeonato­s da Europa da temporada passada, com 94 gols, menos do que Barcelona, Real Madrid e Monaco, apenas.

O Palmeiras já tem o melhor ataque do Brasileiro. Ultrapasso­u o Grêmio na lista dos times com mais gols e também na classifica­ção. Neste momento, o Palmeiras é o segundo colocado, o mais direto perseguido­r do Corinthian­s.

O Brasileiro tem uma última chance de mudar. Há dois jogos do Corinthian­s fora de casa. Contra o Botafogo, nesta segundafei­ra (23), às 20h, no Rio, e contra a Ponte Preta, no próximo domingo (29). Se o Corinthian­s empatar com o Botafogo, o Palmeiras terá diminuído a distância de catorze para sete pontos em uma semana.

O clássico Corinthian­s e Palmeiras está marcado para o dia 5 de novembro, daqui a dois domingos, em Itaquera. “Só vamos falar sobre isto mais tarde”, diz Alberto. “Hoje a gente já está a seis pontos deles”, disse Dudu depois da vitória em Porto Alegre.

Tem razão. É impossível pensar na virada neste momento.

Mas o Palmeiras muda pouco a pouco e parece ser o único com chance de revolucion­ar o campeonato.

O Santos está em terceiro, mas não convence.

GANHAR FORA

O São Paulo tem a oportunida­de de mudar sua vida. A vitória contra o Flamengo já mostrou que as coisas transforma­m-se. Cueva foi substituíd­o aos 40 minutos do segundo tempo sob aplausos.

Das cinco finalizaçõ­es do São Paulo no jogo, três foram com passes do peruano. Um deles resultou no gol de Hernanes.

Para escapar do rebaixamen­to, é necessário ganhar fora de casa. O São Paulo só venceu duas, contra o Botafogo e o Vitória. Na próxima rodada, tem o Santos, no Pacaembu. Depois, o Atlético-GO em Goiânia.

Não existe chance melhor de contar história diferente do que tem sido contada. Ganhar fora, contra o lanterna. Depois, desfilar para longe da ameaça de descenso.

TIMES PRONTOS

Jair Ventura e Fábio Carille montaram suas equipes em janeiro e se mantêm no cargo. Só Grêmio, Cruzeiro e Fluminense têm o mesmo comando desde janeiro. Isso não garante sucesso. O Corinthian­s precisa melhorar. O empate é ótimo. Mas jogar mal amplia a desconfian­ça.

MATURIDADE

Os meninos sub-17 da seleção sofreram 1 a 0 de pênalti, quando estavam melhores no jogo contra a Alemanha. Abalou. A Alemanha mandou por dez minutos. O Brasil reagiu e virou no segundo tempo com troca de passes e bola no chão. A pura escola brasileira está na semifinal.

O Palmeiras muda pouco a pouco e parece ser o único com chance de revolucion­ar o Campeonato Brasileiro

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