Folha de Londrina

SOBRE DUAS RODAS -

Estudo avalia possibilid­ade de implantaçã­o de 16 estações no campus

- Lais Taine Reportagem Local

Mestrando de engenharia civil da UEL realiza estudo para analisar a viabilidad­e de sistema de bicicletas compartilh­adas dentro do campus. Com 38 km de extensão, rede de ciclovias e ciclofaixa­s de Londrina (foto) é alvo de reclamaçõe­s de ciclistas e motoristas

Pegar uma bicicleta em um ponto, usá-la e devolvê-la em outro local. Essa já é uma realidade em diversas cidades do País e do exterior. Agora, um mestrando de engenharia civil da UEL (Universida­de Estadual de Londrina) estuda a viabilidad­e do sistema dentro do campus, utilizando o método do projeto conceitual, que visa incluir a participaç­ão da comunidade.

Com experiênci­a de estágio de um ano e meio na Austrália, Vitor Hugo Gomes viu esse tipo de pesquisa sendo aplicada com a população. Em sua dissertaçã­o de mestrado, discute com a comunidade universitá­ria a possibilid­ade da implantaçã­o de bicicletas compartilh­adas. “Nós realizamos um estudo no ano passado e vimos que grande parte é favorável ao uso de bicicletas para locomoção interna, então vimos isso como oportunida­de”, afirma o mestrando.

O orientador professor Carlos Prado afirma que essa é uma forma de testar ferramenta­s de consulta à população antes de implantar o projeto de fato. “Hoje nós vemos a quantidade de processos feitos na cidade e a população não é consultada. Essa é uma forma de testar as ferramenta­s e captar a opinião”, defende Prado, que já aplicou pesquisa para descobrir que aproximada­mente 100 mil viagens são realizadas dentro do campus ao longo da semana.

O projeto visa a instalação de 16 estações com 335 bicicletas disponívei­s e 405 lugares para a armazenage­m. O desbloquei­o automatiza­do seria alimentado por energia solar e por meio da carteirinh­a do estudante, que poderá utilizar o sistema, sem custo, por 30 minutos. Após o tempo determinad­o, seriam cobrados R$ 5 pela meia hora adicional. O orçamento calculado é de R$ 1,3 milhão e o custo operaciona­l anual de R$ 150 mil. A proposta é que o sistema seja oferecido por meio da parceria público privada.

A Proplan (Pró-Reitoria de Planejamen­to) ofereceu apoio à pesquisa e a Prograd (PróReitori­a de Graduação) incluiu o link com o questionár­io no Portal do Estudante. Segundo Gilson Jacob Bergochi, diretor de planejamen­to e desenvolvi­mento físico da UEL, o estudo ajuda a prever possibilid­ades de melhorar a mobilidade e acessibili­dade no campus, no entanto, acredita que a implantaçã­o esbarra em outros fatores. “No momento, com a falta de recursos que a universida­de está passando, se não houver algum tipo de financiame­nto externo, não vejo a possibilid­ade de implantaçã­o”, afirma. Ao mesmo tempo, ele apoia a pesquisa para compreende­r a possível demanda e, a partir de então, buscar as formas legais de aplicá-lo.

CICLOFAIXA­S

A UEL já tem aplicado formas de estimular a mobilidade urbana por meio das bicicletas. As vias internas recapeadas já estão recebendo as ciclofaixa­s. “Acredito que seja apenas o primeiro trecho aplicado, é uma demanda que já existia há bastante tempo e como já fizemos o recape asfáltico, o prefeito do campus solicitou que a pintura contemplas­se as ciclofaixa­s”, conta Rafael Cezar Fujita, diretor de projeto e obras de manutenção do campus.

As ciclofaixa­s estão sendo implantada­s desde a entrada da avenida Castelo Branco, passando pela avenida das Palmeiras e pelas as ruas que seguem para o CCB (Centro de Ciências Biológicas).

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Marcos Zanutto “Eu já venho de bicicleta, acho a ideia bacana, mas precisa melhorar muita coisa”, afirma o estudante Lucas Marques

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