Londrina tem 38km de ciclovias e ciclofaixas
Assunto é tema de debate entre a população; uma das principais queixas é a falta de interconectividade
Aimplantação de ciclovias e ciclofaixas é tema que gera debate entre a população. Em Londrina são 38 km de extensão cobertos e alguns pontos foram alvos de discussão por parte de motoristas que se incomodaram com as readequações das vias; em outros, ciclistas que exigem acesso de qualidade .
A falta de interconectividade é uma das queixas. No entanto, o projeto prevê a conexão conforme a cidade for recebendo a estrutura. “A gente ouve que as ciclovias não se interligam, isso não vai acontecer no mesmo momento. As pessoas vão perceber que a conectividade vai acontecer, a interconectividade existe em projeto”, defende Cristiane Biazzono Dutra, gerente de trânsito do Ippul (Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina).
Algumas ciclofaixas da área central da cidade também possuem horário de funcionamento com término às 19h. A partir desse horário, os carros podem usar o espaço para estacionamento. “Essas vias seguem normativas federais e tem o uso mais ou menos compartilhado. Por enquanto não há demanda que justifique o funcionamento 24 horas; a partir de certo horário, o tráfego cai e é possível que os motoristas compartilhem a via com os ciclistas”, afirma a gerente.
Na avenida Madre Leônia Milito (zona sul), as reclamações vieram dos motoristas, já que a implantação da ciclovia provocou readequações para as conversões. Os problemas, segundo Dutra, já foram resolvidos. Para a gerente, este é um dos principais obstáculos que o instituto precisa enfrentar. “É a restrição por parte das pessoas que usam o transporte motorizado individual, mesmo não tendo grande prejuízo. Talvez as pessoas não estejam vislumbrando que a bicicleta é um transporte bastante viável, que não polui, que é saudável. A gente torce para que as pessoas façam mais uso desse transporte; quanto mais os motoristas se acostumarem com os ciclistas, mais o compartilhamento será natural”, vislumbra.
As obras da rede cicloviária podem se dar por meio de orçamento público ou pela iniciativa privada como imposição do poder público por meio do estudo de impacto de vizinhança. A obra da avenida Madre Leônia Milito é exemplo de medida compensatória por conta da construção de empreendimento da região. Dessa forma, alguns locais podem receber a estrutura mesmo não estando na lista de prioridades apontadas pelo Ippul, obedecendo a área de influência direta do empreendimento.
A região do entorno do campus da UEL (zona sul) é local de destaque para receber as obras de infraestrutura e há proposta para que a avenida Castelo Branco receba ciclovias. No entanto, Dutra informa que, com a gratuidade das passagens de ônibus, as ciclovias da região perderam a urgência. Ao mesmo tempo, a gerente lembra que a avenida Prefeito Faria Lima receberá obras de duplicação que já contarão com a inclusão de vias exclusivas para bicicletas.
O projeto de ciclovias e ciclofaixas de Londrina foi orientado por pesquisa realizada em 2013. A proposta é atingir os 319 km de extensão para atender toda a demanda da cidade. No entanto, o projeto será realizado em partes, de acordo com planejamento e recursos. As próximas vias que receberão a estrutura serão as das obras de implantação do Superbus, como as avenidas Higienópolis, Tiradentes, Rio Branco, parte da Duque de Caxias e outras.
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