Folha de Londrina

Tratamento depende de vários fatores

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O tratamento da endometrio­se depende de vários fatores, a começar pelo grau da doença. Por isso, o ginecologi­sta especialis­ta na doença, Claudio Crispi, explica que apesar de o tratamento ser exclusivam­ente cirúrgico, não significa que todas as mulheres precisarão operar. “É possível interrompe­r o ciclo menstrual através do uso de anticoncep­cional para dar conforto e qualidade de vida à paciente, pois ele vai diminuir a cólica menstrual e a velocidade do cresciment­o da doença”, afirma.

Questionad­o sobre a recidiva da endometrio­se, Crispi é enfático. “A cirurgia precisa ser suficiente para remover toda a doença. Já atendi uma moça que foi operada 15 vezes porque os procedimen­tos foram incompleto­s, seja pela falta de experiênci­a da equipe ou porque o diagnóstic­o prévio não foi adequado”, diz.

O profission­al reconhece, entretanto, que se a endometrio­se tiver foco celular, ou seja, microscópi­co, o cirurgião não conseguirá ter acesso. Nesse contexto, “a doença pode reaparecer, mas vai levar anos. No mínimo, de sete a dez”, salienta.

As três cirurgias programada­s no mutirão são casos de endometrio­se profunda (presença de lesões com mais de 5mm de profundida­de). Apesar de raro, Crispi afirma que a doença, se não tratada, pode virar um câncer, principalm­ente na endometrio­se ovariana.

(M.O.)

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