Folha de Londrina

‘Não há solução a curto prazo’

- ( V. O. )

Para o professor Antonio Amaral, do Departamen­to de Direito Público da UEL (Universida­de Estadual de Londrina), a segurança pública é um problema que o País não conseguirá resolver a curto prazo. “Teremos que debruçar sobre essas questões para que nossos netos sejam beneficiad­os. A lei sobre crimes hediondos foi criada em 1989 para combater crimes de violência e grave ameaça à pessoa e contemplav­a crimes previstos no Código Penal que sempre abalaram a sociedade, mas quase 30 anos depois estamos com números estarreced­ores”, lamentou.

Amaral aponta que o sistema de segurança atual é muito precário. “Se pensarmos na Polícia Civil, uma cidade como Londrina tem apenas seis distritos policiais, quando na verdade deveria ter no mínimo 20. É uma cidade que tem praticamen­te 600 mil habitantes. É muito pouco”, criticou.

De acordo com o Anuário, o Paraná teve desempenho melhor que os outros Estados da Região Sul. De 2015 para 2016, houve aumento de 1,9% em mortes violentas intenciona­is (que inclui homicídio, latrocínio, lesão corporal seguida de morte e vítimas de confronto entre policiais e criminosos), índice menor do que o registrado em Santa Catarina (4,9%) e no Rio Grande do Sul (8,5%).

Segundo a Sesp (Secretaria de Estado de Segurança Pública e Administra­ção Penitenciá­ria), o Paraná tem indicadore­s melhores este ano. “O estudo compara números de 2016 e 2015. Em 2017, o Estado fechou o primeiro semestre com uma queda de 17,9% no número de homicídios, quando comparado com o mesmo período do ano anterior, o que representa 227 assassinat­os a menos”, informou a pasta, por meio do ano. “O Paraná é o quinto Estado, segundo a publicação, que mais investiu em segurança: R$ 3,8 bilhões – aumento de 6,5% em relação a 2015”, completou.

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