Presidente destituído diz que aceita novas eleições
O presidente destituído da Catalunha Carles Puigdemont disse nesta terça-feira (31) em Bruxelas, na Bélgica, que aceita a convocação das novas eleições na região e defendeu que os partidos separatistas participem do pleito. Ele também afirmou que não pretende pedir asilo na Bélgica, mas que só voltará para a Espanha quando Madri der “garantias” a ele, sem especificar quais deveriam ser essas medidas.
Após o governo central de Madri decidir intervir na Catalunha na última sexta (27), destituindo Puigdemont e antecipando as eleições, algumas siglas separatistas cogitaram boicotar o pleito, que está marcado para 21 de dezembro. Horas antes da intervenção, o Parlamento catalão convocou uma constituinte para declarar a independência da região.
Nesta terça, a Suprema Corte espanhola marcou para esta quinta (2) um depoimento de Puigdemont e de 13 aliados dele. Ele foi denunciado pelos crimes de rebelião, sublevação e fraude, e pode ser condenado a até 30 anos de prisão.
Na segunda (30), após o Ministério Público espanhol anunciar que iria processálo, Puigdemont chegou à Bélgica, o que aumentou a especulação de que ele poderia pedir asilo. Ele diz estar no país para tentar dialogar com a União Europeia.