Folha de Londrina

Gás de cozinha acumula aumento de 54% desde junho

Nesta sexta-feira, a Petrobras anunciou o quinto reajuste consecutiv­o, desta vez de 4,5%

- Economia@folhadelon­drina.com.br Nicola Pamplona Folhapress

Rio de Janeiro -

A Petrobras anunciou nesta sextafeira, 3, novo reajuste no gás de cozinha para embalagem em botijões de 13 quilos. Desta vez, a alta será de 4,5%, causada, segundo a estatal, pela alta nas cotações internacio­nais. Foi o quinto aumento consecutiv­o. Desde que a companhia mudou sua política de preços para o GLP (gás liquefeito de petróleo, o gás de cozinha), em junho, foram seis aumentos e uma única redução, no dia 5 de julho. Nesse período, o produto vendido em embalagens de até 13 quilos acumula aumento de 54%.

Em comunicado distribuíd­o nesta sexta, a Petrobras diz que, se o repasse ao consumidor for integral, o botijão de gás ficará 2%, ou R$ 1,21, mais caro. “O reajuste foi causado principalm­ente pela alta das cotações do produto nos mercados internacio­nais, influencia­da pela conjun- tura externa e pela proximidad­e do inverno no hemisfério Norte”, afirmou a estatal.

Na quarta-feira, 30, a empresa havia anunciado aumento também no preço do GLP para embalagens maiores do que 13 quilos, mais usadas por comércio e indústria. A alta foi de 6,5%. Neste caso, o reajuste acumulado desde junho é de 29,5%. Desde 2013, a estatal pratica preços diferentes para os dois produtos. A política foi iniciada ainda no começo do governo Lula com o objetivo de conter a inflação e oficiali- zada em 2015 em resolução do CNPE (Conselho Nacional de Política Energética). A nova política de preços mantém a diferença: para o cálculo do GLP industrial, a Petrobras inclui o custo de importação, além das cotações internacio­nais e margem de lucro.

A ANP, porém, defende o fim da diferença de preços, alegando que prejudica a atração de investimen­tos paraosetor.

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