CLAUDIO HUMBERTO
Cada um vai procurar o que for melhor”
DF paga R$ 297,8 milhões de ‘pecúnia’ a servidor
Além de salários elevados e aposentadoria integral, e ao contrário dos trabalhadores do setor privado, funcionários públicos do Distrito Federal têm um privilégio que custa caro ao contribuinte: a “pecúnia”. É assim: a cada 5 anos, o servidor tem direito a férias de três meses, mas eles optam por receber isso em dinheiro, ao se aposentar. É a “pecúnia”. Só em 2017, 3.136 servidores recémaposentados no DF vão dividir um bolo de R$ 297,8 milhões. Cada um vai embolsar R$ 94,8 mil, em média.
Sangria desatada
O governo DF vai pagar nesta terça R$ 5,5 milhões a 63 servidores aposentados entre 27 de janeiro e 2 de fevereiro.
Loteria imparável
Servidor do DF em fim de carreira, que recebe R$ 20 mil e trabalhou 20 anos, ganha mais R$ 240 mil no último contracheque. Autêntica loteria.
Só DF e Acre
Acre e DF são as únicas unidades da Federação a pagar a regalia da “pecúnia”, já extinta nos demais Estados.
Nada deve mudar
O fim da pecúnia é só um sonho de quem paga a conta. “Nada contra servidor passa na Câmara”, tem dito Rogério Rosso (PSD-DF).
Parlamentares gastaram R$ 670 milhões em 3 anos
Os 594 parlamentares do Congresso (513 deputados e 81 senadores) torraram R$ 670 milhões e foram reembolsados pela chamada “cota parlamentar” desde que tomaram posse, em fevereiro de 2015, segundo a Operação Política Supervisionada (OPS). O “campeão” foi o deputado Édio Lopes (PMDB-RR), que gastou R$ 1,48 milhão. No Senado, foi João Capiberibe (PSB-AP) quem caprichou: R$ 1,34 milhão.
Multimilionários
Em média, cada parlamentar custou ao contribuinte R$ 1,127 milhão, desde 2015, sem contar carro, apartamento e salários de R$ 33,7 mil.
Recorde histórico
O ano de 2016 foi o recorde histórico de gastos com a cota parlamentar no Congresso: R$ 221 milhões na Câmara e R$ 25 milhões no Senado.
Norte mais caro
Deputados e senadores do Norte, com passagens mais caras, são os que mais gastam e estão nas cinco primeiras posições nas duas Casas
Panos quentíssimos
Michel Temer ligou três vezes para o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, entre terça e quinta-feira da semana passada, propondo impedir ampliação da crise motivada por declarações do ministro da Justiça.
Fora, cocaleiro
Além de permitir que Evo Morales passasse e mão na refinaria de R$ 5 bilhões da Petrobras, Lula ainda deu ordens ao BNDES para financiar rodovias na Bolívia construídas pela OAS, do clube do propinoduto ao petista. E Michel Temer ainda concorda em receber a visita de Morales.
Haddad fraco
Eventual substituto de Lula na disputa presidencial de 2018, caso o ex-presidente esteja preso, o ex-prefeito de São Paulo Fernando Haddad (PT) soma apenas entre 1% e 3% nas pesquisas de intenção de voto.