Folha de Londrina

Desequilíb­rio nas contas coloca Rolândia no ranking

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O cenário para os prefeitos do Paraná não é favorável: queda de receitas e aumento de despesas foi a tônica do orçamento de 2017. É o caso de Rolândia (RML) que ultrapasso­u o teto com 54,5% de gastos comprometi­dos com a folha de pagamento, pouco acima do limite da LRF. O prefeito Doutor Franciscon­i (PSDB) justificou que a receita tem caído muito. Dos R$ 190 milhões estimados em arrecadaçã­o para este ano, apenas R$ 130 milhões devem entrar no caixa, praticamen­te o mesmo montante de 2016.

“Não tem como fazer cortes drásticos nas áreas de saúde e educação”, justificou o prefeito alegando que a intenção é diminuir cargos em contratos do PSS (Processo Seletivo Simplifica­do). Ele informou ainda que diminuiu de 105 para 80 os cargos comissiona­dos.

Para fugir das sanções impostas pelo TC, outra estratégia do gestor de Rolândia é o aumento de receita. “Não significa necessaria­mente aumentar impostos, mas temos feito muitas revisões para melhorar a cobrança de impostos que estavam deficiente­s.”

Mesmo assim, Franciscon­i não descarta a revisão da planta de valores do IPTU (Imposto Predial e Territoria­l Urbano) para 2019, como foi feita por Londrina. “Estamos estudando tudo com bastante critério. Se você aumentar imposto, provavelme­nte aumenta inadimplên­cia.”

Outra medida adotada foi o uso do georrefere­nciamento para medição das áreas construída­s nos terrenos e, consequent­emente, aumentar a arrecadaçã­o.

“São muitas brigas que precisamos comprar. Muita responsabi­lidade dos municípios, mas a fatia de recursos maior fica com o Estado e a União. Além disso, há um subfinanci­amento dos programas federais.”

(G.M.)

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