Ibovespa recua 2,55% com risco fiscal e cenário externo
Desempenho mostra temor sobre reforma da Previdência
A bolsa brasileira reagiu com forte queda nesta terça-feira, 7, à notícia de que o presidente Michel Temer admitiu a possibilidade de derrota na tentativa de fazer avançar a reforma da Previdência. Outro temor foi o da possibilidade de elevação de tributos, devido ao impacto negativo para as empresas e a economia. O cenário internacional foi de alta do dólar e de queda das bolsas, o que também não ajudou. Assim, o Índice Bovespa terminou em queda de 2,55%, aos 72 414,87 pontos. Os negócios somaram R$ 13 bilhões. Na contramão estiveram as ações da Eletrobras, que subiram 2,41% (ON)e 1,29% (PN), embaladas pela expectativa de privatização proposta pelo governo federal.
Estatais e setor financeiro concentram maiores baixas
A terça-feira foi de queda generalizada no Ibovespa, mas entre os principais destaques estiveram as ações que melhor refletem o risco político, como as estatais. Petrobras ON e PN caíram 4,59% e 5,34%, respectivamente. Banco do Brasil ON perdeu 5,01%. Todos os papéis do setor financeiro tiveram quedas significativas, que chegaram a superar os 3% no intraday, influenciados pelas especulações sobre rebaixamento de rating. No fechamento, destacavam-se também Bradesco PN (-3,05%) e Itaú Unibanco PN (-2,38%). Alinhada à queda do minério de ferro e ao mau humor interno, Vale ON caiu 2,39% e influenciou o setor de siderurgia, com Usiminas PNA (-8,68%) à frente.