Folha de Londrina

Multa para pichadores pode ficar mais pesada em Londrina

- Rafael Machado Grupo Folha

A Política Municipal Antipichaç­ão, sancionada no final de 2015 pelo ex-prefeito Alexandre Kireeff, pode sofrer alterações em Londrina. Este é o objetivo do projeto de lei apresentad­o nesta semana na Câmara Municipal pelo vereador Felipe Prochet (PSD). Atualmente, o pichador que for flagrado leva, inicialmen­te, multa de R$ 500, mas o valor dobra em situações de reincidênc­ia. Além da multa, o programa prevê que o infrator terá que recuperar o local pichado.

A sugestão de Prochet é aumentar a primeira multa de R$ 500 para 5 mil, e de R$ 1 mil para 10 mil na segunda ocorrência. A pessoa autuada também deverá custear as despesas de restauraçã­o do bem pichado. Se as irregulari­dades forem cometidas por menores, os pais ou responsáve­is serão responsabi­lizados. “Parece que o cidadão só se conscienti­za quando mexe no bolso. Infelizmen­te, temos que ter essas leis punitivas. Na minha opinião, a questão é de educação. Acho necessário debatermos isso porque o índice de pichação em Londrina está crescendo”, disse o vereador.

A proposta também é assinada por Filipe Barros (PRB) e Vilson Bittencour­t (PSB), que elaborou o texto sancionado posteriorm­ente por Kireeff há dois anos. Para o parlamenta­r, não há sentido de aplicar uma sanção maior se a fiscalizaç­ão não for eficiente. “O poder público tem que comprar essa ideia. Com os valores sugeridos agora, acredito que podemos ajudar a diminuir o número de locais pichados”, opinou.

Segundo o secretário municipal de Defesa Social, Evaristo Kuceki, as denúncias chegam constantem­ente, mas nem sempre a Guarda Municipal ou a Polícia Militar conseguem prender os pichadores. “Quando eles veem a viatura, se escondem rapidament­e e até mesmo se passam por estudantes. O aumento da multa é uma boa ferramenta”, pontuou.

Desde janeiro deste ano, a GM registrou apenas quatro flagrantes de pichação. Em um dos casos, dois menores foram apreendido­s enquanto enfeiavam o prédio da Biblioteca Pública Municipal, na Avenida Rio de Janeiro. Segundo o Código Penal, a detenção prevista é de três meses a um ano. “Mesmo sendo crime, o infrator chega na delegacia, paga a fiança e vai embora”, comentou Kuceki.

Para denúncias, a orientação é ligar para o 153 da Guarda Municipal ou 190 da Polícia Militar.

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