Folha de Londrina

Loteamento­s e barreiras físicas

Maioria das vias com mais de um nome é consequênc­ia de conjuntos lançados em épocas diferentes

- Vítor Ogawa Reportagem Local

Amaioria das vias com mais de um nome é consequênc­ia de loteamento­s lançados em épocas distintas. As barreiras físicas também são a justificat­iva para uma boa parcela de vias que mudam de nome. Esse é o caso da rua Felipe Camarão, no conjunto Barra Vento, que possui uma escada após cruzar a avenida Duque de Caxias e se transforma na rua Marauás, na Vila Galvão (região central).

Os “critérios” que determinam como são definidos os nomes das vias são confusos.

Enquanto algumas são em linha reta e possuem nomes diferentes, outras chegam a percorrer 360 graus e mantém o mesmo nome, como é o caso da rua Atílio Scudeler, na Vila Portuguesa (área central). Às vezes a via possui um nome, recebe outro e volta ao primeiro nome, como é o caso da rodovia Carlos João Strass (zona norte), que na altura do Patrimônio Heimtal recebe o nome de avenida Ludwig Ernest e logo depois volta a ser Carlos João Strass. Essa mesma via recebe o nome de avenida Dez de Dezembro entre a avenida Brasília e a PR-445 (área central e zona sul) e logo depois recebe o nome de avenida presidente Eurico Gaspar Dutra, no conjunto Cafezal (zona sul).

CORREIOS

A assessoria de comunicaçã­o dos Correios disse que os nomes diferentes não dificulta a entrega das correspond­ências, mas o que atrapalha é a numeração irregular. É o caso da rua Tapuias, que vem com uma numera- ção crescente até o 700, depois é zerada e começa novamente a crescer. Ainda segundo os Correios, o CEP (Código de Endereçame­nto Postal) é um facilitado­r do trabalho do carteiro no caso de vias que possuem mais de um nome. Ele ressalta que se há um carteiro que trabalha há muito tempo, não há problemas, mas se há rotativida­de na função, a numeração irregular atrapalha o próprio morador.

Ainda de acordo com a assessoria, para implantar o serviço de entrega de correspond­ências em novos bairros há uma portaria do Ministério das Comunicaçõ­es (nº 6206/2015) que determina que ela só pode ser feita se houver placas com os nomes das ruas e com a numeração dos imóveis em ordem crescente e regular.

Sobre bairros antigos, a assessoria aponta que há resistênci­a dos moradores em realizar essa adequação. De acordo com os Correios, há pessoas que declaram que o número de imóvel é o mesmo há 20 anos e não há o interesse em mudar, mesmo com a orientação dos Correios.

TAXISTAS

O presidente do Sindicato dos Taxistas de Londrina, Antônio Pereira da Silva, cobra uma solução das autoridade­s municipais para resolver o problema. “Se elas são uma via só, deveriam também ter um nome só. Se o taxista não é do setor fica difícil localizar o cliente”, reclama. “O maior problema está na numeração, que muda conforme o nome da via muda.”

 ?? Roberto Custódio ?? Segundo a Câmara, retificaçã­o só é possível quando há duplicidad­e dos nomes em logradouro­s diferentes
Roberto Custódio Segundo a Câmara, retificaçã­o só é possível quando há duplicidad­e dos nomes em logradouro­s diferentes

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