A inclusão das pessoas com deficiência
Ainclusão de surdos ganhou visibilidade no Brasil após a prova de redação do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) realizada no domingo (5). Para os deficientes auditivos e seus familiares, foi uma maneira importante de mostrar as dificuldades e os desafios dessa comunidade, que luta para vencer os desafios da formação educacional e de boas oportunidades no mercado de trabalho. A briga é a mesma para outras pessoas que sofrem com algum tipo de deficiência e a escola tem uma participação fundamental na missão de incluir esses indivíduos. Na edição desta sexta-feira (10), a FOLHA mantém vivo o debate promovido pelo Enem e mostra bons exemplos de educação inclusiva praticados em Londrina. Uma das grandes lições que a reportagem traz é que as crianças aprendem com modelos e esses modelos são justamente pais e professores. As atitudes dos adultos costumam ser replicadas pelas crianças e jovens e incorporadas na vida adulta. Assim, mudar padrões pode ser uma boa alternativa e olhar as pessoas sem enxergar as diferenças é uma atitude desejável. No Centro Municipal de Educação Infantil Valéria Veronesi, no centro de Londrina, há a experiência da diarista Elisângela Aparecida Lourenço, que viu a filha de quatro anos, com Síndrome de Down, ser bem recebida pelos colegas, vivendo uma experiência escolar bastante positiva. E o projeto “Dançando Um Sonho - Ballet de Cegos e Outras Deficiências”, também de Londrina e retratado pela FOLHA, mostra que a arte é um poderoso instrumento de inclusão social. Essas experiências respaldam os resultados da convenção da Organização das Nações Unidas sobre os direitos das pessoas com deficiência. O documento é um divisor de águas porque levantou uma questão essencial e que ainda não é totalmente compreendida pela sociedade: não basta adaptar a estrutura física. É necessário um compromisso social, educacional que melhore o atendimento, que promova a convivência sadia e respeitosa e assegure oportunidades iguais.