Folha de Londrina

Relator confirma contribuiç­ão mínima em 15 anos

Relatório da reforma da Previdênci­a que havia sido aprovado em comissão previa que fosse aumentado o tempo mínimo de contribuiÁ­ão para 25 anos

- Folhapress Brasília

principalm­ente as pessoas mais pobres, que têm mais dificuldad­e de encontrar empregos formais e, assim, contribuir com a Previdênci­a Social. A idade mínima, por outro lado, afeta mais os trabalhado­res com maior renda.

Os trabalhado­res com salários mais altos têm se aposentado pela regra atual que permite a aposentado­ria após 30 anos de contribuiç­ão (mulher) e 35 anos (homem). Nessa categoria, não existe a exigência de uma idade mínima.

Além desta mudança, um dos trechos mais criticados do relatório aprovado, Maia afirmou que outros pontos importante­s são a retirada de menção à aposentado­ria de trabalhado­res rurais familiares. Afirmou ainda que o texto não deve mexer nas regras do BPC (Benefício de Prestação Continuada), que é recebido por pessoas deficiente­s e idosos de baixa renda.

Segundo Maia, também deve haver na nova proposta um dispositiv­o para que a DRU (Desvincula­ção de Receitas da União) não atinja as receitas da Previdênci­a.

Devem ser mantidos no texto - uma versão mais enxuta da reforma, que enfrenta grande resistênci­a do plenário da Câmara e é o principal pilar da agenda econômica do governo - a mudança na idade mínima e a regra de transição.

Quem pretendia se aposentar pelo tempo de contribuiç­ão terá que obedecer uma idade mínima que chegará a 62 anos para mulheres e 65 para homens. As idades começarão em 53 (mulher) e 55 (homem) e subirão um ano a cada dois anos, a partir de 2020, segundo o relator. anos chegue a 50% da proposta original, mas não quis falar em números.

Apesar de o relator e o governo continuare­m a dizer que o ideal é fazer o mínimo de alteração possível no relatório que saiu da comissão, a expectativ­a é que os líderes parlamenta­res peçam mudanças significat­ivas no texto, que depois será apresentad­o em plenário.

“Nós estamos no meio de

MEIRELLES

um processo negocial no momento”, afirmou Meirelles. De acordo com ele e com Maia, não foi acordado na reunião que a reforma será votada. Os líderes teriam apenas se comprometi­do a conversare­m com as suas bancadas durante a próxima semana para negociar uma votação possível no plenário da Câmara, onde a proposta precisa de 308 votos para ser aprovada.

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Marcelo Camargo/Agência Brasil O relator Artur Maia (PPS-BA) afirma que outra mudança prevista no texto é a retirada de menção à aposentado­ria de trabalhado­res rurais familiares

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