Agência declara que Venezuela deu ‘calote seletivo’
País deixou de pagar dívida que passa de R$ 660 milhões; credores ainda não declararam moratória
A agência de classificação de risco Standard & Poor’s divulgou nesta terça-feira (14) que a Venezuela entrou em um “calote seletivo” por não pagar uma dívida de US$ 200 milhões (R$ 660 milhões). O pagamento do bônus de dívidas com vencimento em 2019 e 2024 deveriam ter sido feitos há 30 dias, mas não aconteceram, o que levou a agência a anunciar a medida.
A agência decidiu rebaixar a nota da dívida soberana em moeda estrangeira de longo prazo do país para SD (sigla para calote seletivo, em tradução do inglês), o que significa que o país não pagou um bônus específico, mado presença no encontro e que a Venezuela jamais entraria em default (calote).
A expectativa era de que, na reunião, o governo apresentasse propostas sobre como pretende pagar seus compromissos de curto e longo prazo. Mas, ao que parece, nada disso aconteceu.
De acordo com investidores que participaram do evento, o vice-presidente, Tareck El Aissami, e o ministro das Finanças, Simón Zerpa, apenas leram uma nota e prometeram que mesas técnicas serão montadas para discutir como será feita a reestruturação da dívida.
Caracas - Com crise do petróleo, governo de Maduro cortou drasticamente as importações para pagar dívida externa “Não propuseram nada, foi uma oportunidade perdida”, afirmou à agência Reuters um dos investidores que participou do encontro.