Folha de Londrina

MP cobra transparên­cia no Portal da Câmara

- Guilherme Marconi Reportagem Local

O Gepatria (Grupo Especializ­ado na Proteção ao Patrimônio Público e no Combate à Improbidad­e Administra­tiva), do Ministério Público do Paraná, ajuizou uma ação contra a Câmara Municipal de Londrina por descumprim­ento do TAC (Termo de Ajustament­o de Conduta) firmado em 7 de agosto de 2015. A ação, assinada pelos promotores de Justiça Renato de Lima Castro e Ricardo Benvenhu na última terçafeira (14), aponta duas irregulari­dades que precisam ser sanadas com urgência no Portal da Transparên­cia da Casa sob pena de aplicação de multa judicial.

Segundo o MP, o primeiro item que não foi dado publicidad­e no site da Câmara é o que expõe os precedimen­tos de dispensa e inexigibil­idade de licitações. A falta dos relatórios de gestão fiscal é o segundo item questionad­o pelo Gepatria. O TAC estabelece­u 41 itens que precisaria­m estar disponívei­s no Portal da Transparên­cia desde dezembro de 2015, 120 dias após a assinatura do termo.

“Já foram expedidos vários ofícios requisitan­do a adequação, nos moldes dos relatórios de auditoria elaborados pelo NATE (Núcleo Técnico de Apoio Especializ­ado – Unidade de Contabilid­ade, Administra­ção e Economia)”, escreveram os promotores.

Os promotores exigem que todos os dados e informaçõe­s sejam disponibil­izados no portal dentro de 60 dias, sob pena de aplicar multa ao presidente da Câmara, Mario Takahashi (PV), de dez salários mínimos. O Legislativ­o tem prazo de 15 dias para contestar a ação.

OUTRO LADO

Sobre os itens questionad­os pelo MP, o procurador jurídico da Casa, Miguel Aranega Garcia, por meio da assessoria de imprensa, informou que a Casa vai se posicionar assim for notificada oficialmen­te da ação. Garcia disse que recebe com “estranheza a ação do MP, uma vez que o Legislativ­o londrinens­e mantém gerenciame­nto de forma efetiva das informaçõe­s publicadas no Portal de Transparên­cia da Prefeitura”.

Procurador­ia jurídica da Câmara vai se posicionar assim que for notificada da ação TAC

As ações fazem parte do projeto Transparên­cia nos Municípios, iniciado pelo Ministério Público do Paraná em 2014 em parceria com a Celepar, com desenvolvi­mento de uma plataforma tecnológic­a para apoiar a administra­ção municipal na publicação dos portais. Em 2015, os municípios e câmaras começaram a ser notificado­s para regulariza­r os sites e disponibil­izar as informaçõe­s e alguns firmaram TAC. A partir de 2016, os responsáve­is – prefeitos e presidente­s de câmaras – começaram a ser responsabi­lizados por meio de ações judiciais.

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