Folha de Londrina

Na reta final da Série B, ‘novato’ Londrina desafia ‘experiente’ Paraná

Na Segunda Divisão há dez temporadas, curitibano­s disputam com o LEC o posto de terceiro representa­nte do Estado na elite

- Lucio Flávio Cruz Reportagem Local

Areta final da Série B proporcion­ou uma disputa direta entre os rivais Londrina e Paraná Clube por uma vaga no G4 do Brasileiro. Separados por apenas dois pontos, os paranaense­s brigam com o Oeste pela última vaga para a Série A em 2018. A ascensão de um dos dois pode colocar o Estado do Paraná novamente com três equipes na Primeira Divisão, algo que aconteceu pela última vez em 2005.

O Tricolor é o único que depende apenas das suas próprias forças, por ser o quarto colocado, com 60 pontos. O Tubarão é o quinto, com 58, a mesma pontuação do time paulista, que perde no número de vitórias em relação ao Alvicelest­e e por isso é o sexto.

A disputa entre LEC e Paraná traz à tona uma realidade diferente entre os clubes nas últimas temporadas. Enquanto o Londrina conseguiu galgar degraus importante­s com seguidos acessos após amargar anos no ostracismo, sem vaga em nenhuma competição nacional, o Tricolor se estabilizo­u na Série B desde a sua queda em 2007, mas, com exceção desta temporada, sempre terminou longe dos primeiros colocados e com poucas aspirações de acesso. A melhor campanha foi em 2010, com um sétimo lugar.

O técnico Claudio Tencati ressaltou a importânci­a deste momento para o futebol paranaense e revelou que até chegou a torcer para o rival quando o Londrina esteve distante das primeiras posições. “Nem vejo como uma concorrênc­ia entre os clubes. Quando tínhamos poucas chances de subir, até fiquei na torcida por eles por entender que tinham mereciment­o. Mas agora estamos na briga e também queremos a vaga”, frisou.

Na penúltima rodada, no sábado (18), o LEC recebe o líder América Mineiro e o Paraná encara o CRB em Maceió. “Gostaria que fosse uma situação diferente, com a possibilid­ade de subirem os dois porque seria muito bom para o nosso Estado ter quatro equipes na Série A”, afirmou o comandante alvicelest­e. “O trabalho que está sendo feito no Londrina tem motivado outros clubes do interior a se organizar, veja o caso do Operário. Quanto mais equipes tivermos em divisões nacionais, será maravilhos­o.”

Além da grande reação nesta reta final – 24 pontos conquistad­os nas últimas dez rodadas –, o torcedor alvicelest­e tem motivos para acreditar no acesso, já que o clube sempre tem chegado entre os primeiros nas competiçõe­s que participa. Tem sido assim desde 2013, quando voltou a jogar a Série D, passando pelos acessos e pelos títulos paranaense de 2014 e da Copa da Primeira Liga.

“O Londrina merece subir porque sempre foi um time que chegou brigando entre os primeiros em todas as competiçõe­s e vem crescendo ano a ano. É um clube que sempre pagou em dia e honrou seus compromiss­os, por mais dificuldad­es que existam”, ressaltou o lateral Lucas Ramon.

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Gustavo Carneiro Enquanto rival se manteve estável no Brasileiro, LEC chegou a ficar sem divisão e agora tenta terceiro acesso
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