Folha de Londrina

PIB do Paraná recua 3,4% em 2015

Apesar de queda levemente menor que média nacional, Estado ganha participaç­ão no bolo e analistas projetam ascensão à quarta economia brasileira nos próximos anos

- Fábio Galiotto Reportagem Local

OPIB (Produto Interno Bruto) do Paraná caiu 3,4% em 2015 na comparação com 2014, resultado levemente melhor do que a retração de 3,5% do País, conforme as Contas Regionais do Brasil divulgadas na quintafeir­a, 16, pelo IBGE (Instituto

Forte no agronegóci­o e diversific­ado na indústria, o Paraná fechou alta de 6,0% para 6,3% de participaç­ão no PIB brasileiro. Está atrás apenas de São Paulo (32,4%), Rio de Janeiro (11,0%), Minas Gerias (8,7%) e Rio Grande do Sul (6,4%). Como o governo gaúcho está em crise, há expectativ­a em entidades do setor produtivo de que os paranaense­s se consolidem na quarta colocação a partir dos próximos levantamen­tos, que são divulgados com pouco menos de dois anos de atraso em relação ao nacional.

O presidente do Ipardes (Instituto Paranaense de Desenvolvi­mento Econômico e Social), Julio Suzuki Júnior, afirma que a queda era esperada. A entidade faz uma pesquisa própria e havia apontado anteriorme­nte retração de 3,3% em 2015. “Temos a crise econômica e houve declínio em todos os segmentos naquele ano no Paraná, além de problemas de quebra de safra por questões climáticas”, lembra. “Temos maior capacidade de recuperaçã­o, mas não somos uma ilha e acompanham­os as oscilações no País”, completa.

Porém, Suzuki Júnior considera que a distância do PIB per capita no Estado para a média brasileira tem aumentado, o que demonstra um desempenho melhor. Nesse quesito, a média paranaense foi de R$ 33.768,62 em 2015, alta de 7,5% em relação aos R$ 31.410,74 de 2014. Na comparação com os R$ 8.927,46 de 2002, o total por habitante de dois anos atrás é 3,8 vezes maior nominalmen­te, sem desconto da inflação. O avanço é superior ao dos cinco primeiros colocados, mas apenas o 11º entre todas as unidades da federação.

O PIB per capita brasileiro foi de R$ 29.326,33, valor 3,5 vezes maior do que os R$ 8.440,27 de 2002. “O IBGE divulgou o PIB separado em 15 atividades econômicas e o Paraná teve aumento de participaç­ão no País em 14. O único que declinou foi o setor bancário pela redução das atividades do HSBC no Paraná”, diz o presidente do Ipardes. Grande do Sul em 2013, mas depois houve anos de estiagem e redução das exportaçõe­s de produtos industrial­izados para a Argentina devido à crise pela qual eles passaram”, cita.

O país vizinho é o segundo maior parceiro comercial do Estado, atrás da China. “Pela conjuntura, temos amplas condições de retomar esse quarto lugar nacional nos próximos anos”, diz Percicotti. Ele completa que é justamente o aumento consideráv­el em exportaçõe­s de produtos manufatura­dos à Argentina que ajudará no cresciment­o regional. E afirma que o agronegóci­o, a indústria automotiva e o setor de papel e celulose são os motores do Estado nos últimos anos.

Brasileiro de Geografia e Estatístic­a). Apesar do resultado, o Estado aumentou a participaç­ão no bolo total nacional porque apresenta maior resiliênci­a frente a crises. Para o economista Marcelo Percicotti, da Fiep (Federação das Indústrias do Estado do Paraná), o PIB per capita paranaense aumentou porque o desemprego atingiu menos a Temos maior capacidade de recuperaçã­o, mas não somos uma ilha e acompanham­os as oscilações no País”

região do que a média nacional e porque houve aumento do valor agregado de tudo o que é produzido localmente. Ele diz, porém, que houve confluênci­a em alguns anos de crise e problemas climáticos. “O Paraná ultrapasso­u o Rio

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