Não morreu
Caminhar pelo centro da cidade, no intervalo entre dois compromissos, é uma das minhas aventuras prediletas. Encontro o meu amigo Agenor Evangelista, talentoso artista plástico, que me convida para uma nova edição da Mostra Palmares, na Biblioteca Pública. Converso com meu amigo Rodrigo Grota, talentoso cineasta, premiado recentemente por seu filme “LesteOeste”. Dou um pulinho no sebo e levo dois livros que desejo reler há muito tempo: “Pais e Filhos”, de Ivan Turgueniev, e “A Invasão Vertical dos Bárbaros”, de Mário Ferreira dos Santos. Passo pela frente do Hotel Bourbon, onde várias gerações de políticos, de todas as tendências, ajudaram a escrever a história da cidade. Ao lado do Bosque Marechal Rondon, sinto o inconfundível odor de
“I’ll have a Blue Christmas without you I’ll be so blue just thinking about you Decorations of red on a green Christmas tree Won’t be the same dear, if you’re not here with me...” Elvis está triste porque vai passar o Natal longe de alguém que ama. Naquele momento, eu pensei em você, Aracy. Você gostava tanto de Elvis, mãe!