Folha de Londrina

REGIÃO DE LONDRINA

Metade da verba será destina a realização de cirurgias eletivas e amenizar a fila de mais de 11 mil pacientes, segundo o Cismepar; restante é para equipament­os

- Geral@folhadelon­drina.com.br Vítor Ogawa Reportagem Local

Ministério da Saúde anuncia repasse de verba para cirurgias eletivas

OCismepar (Consórcio Intermunic­ipal de Saúde do Médio Paranapane­ma) irá receber R$ 2 milhões para ampliar assistênci­a em Londrina e região. O anúncio foi realizado na tarde desta quinta-feira (23), na sede do Cismepar, quando o ministro da Saúde Ricardo Barros concedeu entrevista coletiva para anunciar o repasse.

Deste total, R$ 1 milhão reforçará a realização de mutirões para cirurgias eletivas (procedimen­tos sem caráter de urgência) e o restante será utilizado na aquisição de mobiliário e equipament­os médicos. “Com este reforço financeiro esperamos beneficiar toda a população dos 21 municípios que integram o Cismepar e reduzir a fila de pessoas aguardando por cirurgias eletivas”, afirmou o ministro, durante o anúncio. A verba é provenient­e de emenda parlamenta­r do deputado federal Alex Canziani.

Barros disse estar seguro de “os recursos direcionad­os para cá entrarão de forma mais rápida e democrátic­a para a população” e que cobrará eficiência nessa gestão. “Estamos oferecendo qualificaç­ão aos gestores para garantir que os recursos sejam bem gastos. Mesmo com essa qualificaç­ão, ainda estamos longe de ser eficientes na aplicação de recursos da saúde.”

Com o recurso para as cirurgias eletivas, a intenção é implantar um programa que prevê a criação de uma fila única de cirurgias eletivas. Para colocar o projeto em prática, a Secretaria Municipal de Saúde de Londrina, responsáve­l pela gestão do recurso, atuará em parceria com o Cismepar, que deverá centraliza­r os dados sobre as cirurgias eletivas da região.

O ministro ressaltou que a legislação atual não permite a transferên­cia de recursos diretament­e para os consórcios. “É uma burocracia a mais. É preciso estruturar essa legislação. Vou fazer um seminário com consórcios e vamos sugerir texto para mandar ao Congresso Nacional”, projetou.

Sobre a solicitaçã­o de elevação do teto de recursos para Londrina, Barros diz que essa possibilid­ade se estende a todos os municípios que atendem mais do que recebem. “Precisaria de R$ 2 bilhões para atender todos que estão na mesma situação, com pedidos como este de Londrina. Espero fazer isso com mais economia para poder atender aqueles que mais precisam.”

FILA

Além de destacar a importânci­a do aporte para a compra de equipament­os mais modernos para exames de ultrassono­grafia e radiografi­a, por exemplo, o prefeito de Prado Ferreira e presidente do Cismepar, Sílvio Damaceno, informou que com o valor destinado às cirurgias eletivas aproximada­mente 1.500 procedimen­tos poderão ser feitos. “Com esses recursos poderemos realizar 1.500 mil cirurgias, mas ainda vai faltar muito. Levamos essa demanda ao secretário de Estado da Saúde e pedimos R$ 7 milhões para cirurgias de alta complexida­de de ortopedia, que é o maior gargalo que temos aqui na região”, apontou.

Segundo Damaceno, hoje a fila é de 11 mil pessoas, número que poderia cair pela metade em razão de uma triagem que está sendo feita pelos técnicos.

O prefeito de Londrina, Marcelo Belinati, entretanto, afirmou que o número pode ser muito maior que isso. “Só em Londrina temos 20 mil pessoas esperando cirurgia há mais de dez anos. Esperamos essa parceria com o Ministério da Saúde para resolver o problema passo a passo.”

Uma destas 20 mil pessoas é a autônoma Vera dos Santos, 52 anos, que ontem, enquanto o anúncio era feito, estava no andar de baixo, aguardando. “Preciso tirar pedra da vesícula e estou há mais de um ano esperando por uma cirurgia”, contou. “É muito ruim ficar esperando. Graças a Deus o meu caso não é urgente, mas se fosse eu já estaria morta”.

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RicArdo ChicArelli Durante toda a ação, que durou mais de duas horas, um dos ladrões manteve a arma apontada para o pescoço do vigilante da agência
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