Três paranaenses entre as cidades mais empreendedoras
Ranking mostra evolução de Curitiba, Londrina e Maringá, principalmente no quesito ‘tempo para abrir um negócio’
Curitiba, Londrina e Maringá apresentaram evolução no ICE 2017 (Índice das Cidades Empreendedoras) em relação ao ano passado. O ranking, elaborado pelo Endeavor Brasil, será divulgado na segundafeira, 27, durante evento da Frente Nacional dos Prefeitos, em Recife (PE).
Curitiba e Maringá estão entre as dez cidades mais empreendedoras, das 32 pesquisadas. Londrina está em 13º, tendo ganhado seis posições desde o levantamento do ano anterior. O ICE leva em consideração sete pilares: ambiente regulatório, infraestrutura, mercado, acesso a capital, inovação, capital humano e cultura empreendedora.
De acordo com o coordenador da Endeavor no Paraná, Marco Antonio Mazzonetto, os pilares avaliados são desafios complexos para as cidades e influenciam de maneira diferente no desempenho de cada uma.
A tendência no Paraná, segundo ele, foi em relação ao tempo de abertura de empresas que, de acordo com os dados levantados, saiu da média de 90 a 120 dias de espera para o intervalo dos 30 a 40 dias. “Quando isso ocorre nas três cidades você consegue observar que há um intuito do governo para facilitar e acelerar a entrada das empresas no mercado”, ressaltou.
Londrina saltou oito posições em ambiente regulatório, saindo de 15º lugar, em 2016, para 7º neste ano. Maringá estava em 24º, ano passado, e subiu para 21º. Mas o grande salto foi da Capital, que avançou 21 posições. Era a penúltima colocada em 2016 e no ICE 2017 está em 10º.
Mazzonetto comenta que Curitiba adotou medidas pontuais que deram resultados imediatos como a adesão a RedeSimples, do governo federal, que agiliza o registro de empresas, e iniciativas para acelerar a consulta prévia de localização e informatização dos processos. Em Londrina, a Prefeitura também vem implantando medidas para reduzir a burocracia e acelerar o processo de abertura de empresas. De acordo com o ICE, no ano passado o tempo de espera para registro era de 116 dias. No índice atual, caiu para 41 dias.
Londrina e Curitiba deixam a desejar no quesito ‘cultura empreendedora’. A capital ocupa a última posição e Londrina mantémse na 15º posição há três anos. O destaque é Maringá, que neste quesito continua na vice-liderança entre as 32. O diretor afirma que o ponto crítico em relação a esse resultado é que os empreendedores londrinenses e curitibanos demonstram “falta do sonho de ser grande”. “O empreendedor não inicia o negócio pensando em crescer, em empregar mais pessoas. É uma coisa
Ambiente regulatório, infraestrutura, mercado, acesso a capital, inovação, capital humano e cultura empreendedora são os quesitos avaliados
que precisa melhorar bastante. Ele não empreende por oportunidade”, comenta.
No pilar ‘mercado’, as posições de Londrina (32ª) e Maringá (27ª) refletem uma fase pré-crise, de acordo com Mazzonetto. “O ICE utiliza base de dados pública e privada que são pré-crise. Alguns dados mais recentes mostram um movimento de melhora para Londrina, com novos investimentos na cidade. Um indicativo é que ela pulou seis posições no acesso a capital”, ressalta o diretor.
Ele afirma que os dados do ranking têm o objetivo de pautar o debate público para a criação de um ambiente mais amigável ao empreendedor. Também auxilia o empresário a entender melhor o ambiente no qual atual e possibilita um melhor posicionamento. O ICE está na sua quarta edição.