Folha de Londrina

CLÁUDIO HUMBERTO

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ANS limita o reajuste dos planos individuai­s, mas libera a exploração nos coletivos.

Planos cobram mensalidad­es que chegam a R$ 9.800

O projeto da nova Lei dos Planos e Saúde não mexer em mensalidad­es abusivas, cobradas de quem tem mais de 59 anos de idade. Tanto a Agência Nacional de Saúde Complement­ar (ANS) quanto os autores do projeto afirmam que não podem limitar preços, abrindo caminho à exploração ilimitada: os planos individuai­s ainda existentes cobram a partir de R$ 9.800 mensais para cada idoso. Ou paga ou não tem plano. Por isso, cerca de 3 milhões de brasileiro­s foram ejetados dos planos.

Galinhas para a raposa

O projeto da nova lei obriga as empresas a oferecerem planos individuai­s, mas as autoriza a cobrarem a mensalidad­e que quiserem.

Raposa na engorda

A ANS só limita o reajuste dos planos individuai­s, e libera a exploração nos coletivos. Por isso planos individuai­s praticamen­te foram extintos.

Ninguém foi preso

Os planos burlam a proibição do Estatuto do Idoso de cobrar mais de quem passa dos 60 anos: cobram mais de quem chega aos 59.

Revogação malandra

A nova Lei dos Planos de Saúde revoga o artigo do Estatuto do Idoso, a pretexto de “parcelar” o reajuste que supera os 100%, aos 59 anos.

MP da reforma trabalhist­a já tem mil emendas

Chegaram a 1.003 as emendas à medida provisória na Câmara com mudanças na nova legislação trabalhist­a, em vigor no dia 11. Houve “depuração”, mas ainda assim restam 967, quase 400 de políticos do PT, que tentam desfigurar a reforma. Os petistas querem de volta a contribuiç­ão (ou imposto) sindical, que

garante R$ 3,5 bilhões por ano à pelegada, sem controle, inclusive para gastar em campanhas do PT.

Recordista

Somente o senador Paulo Paim (PT-RS), para quem o rombo da Previdênci­a não existe, propôs 59 emendas à MP que altera a reforma.

Vozes da minoria

Por enquanto, sindicalis­tas apresentar­am 74,6% das emendas à MP, sendo 150 do PCdoB, 90 do PSB, 46 da Rede, 36 do PDT e 1 do Psol.

Mais a caminho

A expectativ­a no Congresso é que o número de emendas aumentará após a instalação da comissão que vai analisar a medida provisória.

Ou a gente acaba com isso ou o eleitor acaba com a gente” Deputado Mauro Pereira (PMDB-RS), sobre o fim definitivo do foro privilegia­do

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