Folha de Londrina

Falhas em hospitais são a segunda causa de morte no Brasil

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Falhas como erros de dosagem ou de medicament­o, uso incorreto de equipament­os e infecção hospitalar vitimaram 302.610 pessoas nos hospitais públicos e privados do Brasil em 2016. É o que mostra o Anuário da Segurança Assistenci­al Hospitalar no Brasil do IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementa­r), produzido pela UFMG (Faculdade de Medicina da Universida­de Federal de Minas Gerais), que foi divulgado nesta quarta-feira (22).

Pelos dados levantados, em média, 829 mortes por dia foram registrada­s no País por eventos adversos em 2016, o que significa que são a segunda causa de morte mais comum no Brasil, matando mais do que a soma de acidentes de trânsito, homicídios, latrocínio e câncer.

Dados do Observatór­io Nacional de Segurança Viária indicam a morte de aproximada­mente 129 brasileiro­s por acidente de trânsito a cada dia; o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que é produzido pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mostra cerca de 164 mortes violen- tas - por homicídio e latrocínio, entre outros por dia; e, o câncer mata de 480 a 520 brasileiro­s por dia, segundo o INCA (Instituto Nacional de Câncer).

Apenas as doenças cardiovasc­ulares, considerad­as a principal causa de faleciment­o no mundo, matam mais pessoas no País: são 950 brasileiro­s por dia, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologi­a. O anuário estima que os eventos adversos resultaram em gastos adicionais de R$ 10,9 bilhões em 2016.

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