Folha de Londrina

INDIGNAÇÃO

Velório de paranaense morta por engano pela polícia portuguesa deve ocorrer na sexta e enterro no sábado em Amaporã, no Noroeste

- Geral@folhadelon­drina.com.br Celso Felizardo Reportagem Local

Corpo de paranaense morta por engano pela polícia em Lisboa deve chegar nesta quinta ao Brasil; enterro será sábado em Amaporã

Ocorpo de Ivanice Carvalho da Costa, 36, paranaense morta por engano pela polícia portuguesa na madrugada do dia 15 deste mês, em Lisboa, deve chegar ao Aeroporto Internacio­nal de Guarulhos, em São Paulo, no final da tarde desta quinta-feira (30). A informação foi confirmada à FOLHA pela mãe da vítima, Maria Luzia Silva Carvalho da Costa, 59. De lá, o corpo deve seguir para Amaporã, onde deve ser velado e sepultado. O velório deve começar na tarde sexta-feira. O enterro ainda não tem horário marcado, mas está previsto para o sábado (2), no único cemitério da cidade de 6 mil habitantes no Noroeste do Estado.

A chegada do corpo de Ivanice deve ocorrer após 15 dias de espera e muita agonia para familiares e amigos da paranaense. Na madrugada do dia 15, ela seguia de carona com o companheir­o para o Aeroporto de Lisboa, em um restaurant­e onde trabalhava havia 17 anos. No caminho, a polícia confundiu o carro do casal com um veículo usado em um assalto. Segundo o depoimento dos policiais, o companheir­o de Ivanice não teria obedecido a ordem de parada e teria tentado atropelar os agentes. Em perseguiçã­o, os policiais dispararam 40 tiros na traseira do carro. Ivanice foi atingida no pescoço e não resistiu aos ferimentos.

“Por enquanto, a única coisa que eu quero é poder me despedir da minha filha. Ela era uma menina muito boa, todo mundo gostava dela. É muito triste saber que minha filha morreu indo trabalhar”, indignou-se Maria Luzia. Célia Maria da Silva, 42, tia de Ivanice que também mora em Portugal, contratou um advogado para cuidar da questão judicial. Maria Luzia considera os policiais culpados. “Nós queremos que a justiça seja feita. Os policiais erraram e têm que pagar pelo que fizeram”, desabafa.

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