Folha de Londrina

Coreia do Norte dispara novo míssil interconti­nental

Segundo o Pentágono, projétil foi lançado da capital norte-coreana, Pyongyang, percorreu distância de 960 km e chegou a altura de 4.500 km

- Mundo@folhadelon­drina.com.br Folhapress São Paulo -

A Coreia do Norte disparou um míssil balístico na tarde de terça-feira (28) – já era quarta-feira, no país asiático, informaram autoridade­s japonesas, sulcoreana­s e americanas. Segundo análise do Pentágono, o disparo condiz com o de um foguete interconti­nental. É o primeiro míssil disparado pela Coreia do Norte desde o lançamento sobre o Japão em setembro.

O Pentágono afirmou que o míssil foi disparado da capital norte-coreana, Pyongyang, e percorreu uma distância de 960 quilômetro­s e chegou a uma altura de 4.500 quilômetro­s. Segundo o secretário de Defesa americano, James Mattis, o míssil atingiu a maior altura entre os testes norte-coreanos até o momento, e representa uma ameaça global. “Ele voou mais alto do que qualquer outro que eles tenham lançado. É um esforço de pesquisa e desenvolvi­mento da parte deles para continuar a construir mísseis balísticos que atinjam qualquer lugar do mundo.”

O governo japonês estimou que o míssil voou durante 53 minutos e caiu no mar do Japão, a 370 km da costa japonesa. O foguete lançado pela Coreia do Norte em 29 de agosto que sobrevoou o Japão havia ficado no ar por 14 minutos.

O presidente americano, Donald Trump, disse após o teste mais recente que “nós vamos cuidar disso”, mas não deu detalhes. O premiê japonês, Shinzo Abe, e os EUA pediram uma reunião de emergência do Conselho de Segurança da ONU. “Estou surpreso, mas não chocado”, afirmou à Reuters o analista Harry Kazianis, diretor de estudos de defesa no Centro para o Interesse Nacional, em Washington. Ele disse que imaginava que Pyongyang iria suspender os testes de mísseis até fevereiro, quando a Coreia do Sul sedia os Jogos Olímpicos de inverno.

Minutos após o disparo, a Coreia do Sul conduziu um teste de lançamento de míssil em resposta, de acordo com as Forças Armadas sul-coreanas. O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, iria se reunir com o Conselho de Segurança Nacional do país nas próximas horas.

O lançamento ocorre uma semana após o presidente americano apoiar a inclusão da Coreia do Norte na lista de países que Washington considera como apoiadores do terrorismo. A designação permite que os EUA imponham mais sanções. A crise na península Coreana se agravou desde julho, quando Pyongyang fez um teste de um míssil com alcance interconti­nental. O regime voltou a lançar mísseis no fim de agosto e em setembro.

Isso levou Trump a dizer que responderi­a com “fogo e fúria” a um ataque nortecorea­no. Em resposta, Pyongyang ameaçou a ilha de Guam, território americano no Pacífico. Em agosto, reportagem do jornal americano “The Washington Post” disse que a Coreia do Norte já tinha tecnologia suficiente para fabricar um míssil nuclear. Depois disso, a Coreia do Norte realizou ainda um teste com uma bomba de hidrogênio no início de setembro.

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Kim Won-Jin/AFP Pessoas assistiram, em praça pública, em Pyongyang, lançamento do míssil na tarde de ontem (horário do Brasil); Coreia não fazia testes desde setembro
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