Folha de Londrina

Brasil vai para sorteio enfraqueci­do nos bastidores

- Alex Sabino Sérgio Rangel Folhapress

Desde que João Havelange ganhou o poder na Fifa, em 1974, nunca o Brasil chegou tão fraco nos bastidores para um sorteio da Copa do Mundo quanto neste ano. Com medo de ser preso, o presidente da CBF, Marco Polo Del Nero, decidiu não viajar à Rússia para acompanhar o sorteio. Na tarde desta quarta (29), a delegação brasileira chega a Moscou para participar do evento sem seu principal dirigente.

Na sexta (1º), a Fifa vai realizar o evento que decidirá os confrontos da fase de grupos da Copa de 2018. Além do técnico Tite, outros cinco funcionári­os da CBF desembarca­rão na capital russa, mas nenhum com trânsito nos bastidores do poder. O funcionári­o da confederaç­ão de grau mais elevado na Rússia será Edu Gaspar, coordenado­r das seleções da CBF, que ocupa o cargo há pouco mais de um ano. A última vez que um presidente da CBF não represento­u o Brasil num sorteio foi em 1985. O evento não tinha a badalação atual e foi realizado num estúdio de uma televisão mexicana.

Del Nero alega que não viajou para a Rússia para continuar seu trabalho na CBF. Nos últimos dias, ele tem acompanhad­o com atenção o julgamento de José Maria Marin nos EUA. O dirigente foi vicepresid­ente na gestão de Marin, que está preso desde maio de 2015. O ex-governador de São Paulo é julgado por extorsão, fraude financeira e lavagem de dinheiro. O presidente da CBF não sai do Brasil desde a eclosão do escândalo de corrupção da Fifa. Nesse período, ele não acompanhou o time brasileiro no exterior e renunciou aos seus cargos fora do País.

Moscou -

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