Preparadas por natureza
Nascidas com a tecnologia no DNA, as fintechs entrevistadas dizem combater fogo com fogo: se os criminosos virtuais desenvolvem a cada dia novas formas de ataque para chegar ao dinheiro dos clientes, elas respondem com a mesma moeda, mas com a intenção de proteger os dados e o dinheiro de seus usuários.
Segundo Jorge Vargas Neto, CEO da Biva, as fintechs, de modo geral, são “extremamente preparadas” e utilizam tecnologia de ponta para enfrentar esses riscos. Um exemplo é o monitoramento de variáveis - que no caso da Biva chega a 1.600 -, como a geolocalização. Se um cliente que está em Itaim Bibi (bairro de São Paulo) faz uma compra em Paraisópolis (outro bairro da capital paulista), é sinal de que algo está errado.
Outro recurso utilizado pela empresa é o próprio Facebook. Pessoas que têm uma conta de menos de um ano na rede social e com menos de 100 amigos ficam sob suspeita. “Tem uma série de algoritmos que vão ‘trackear’ o comportamento do usuário a fim de mitigar riscos”, observa Vargas Neto.
BIOMETRIA FACIAL
O diretor de Tecnologia do Neon, Julio Dario, lembra que o banco “já nasceu pensando em segurança”. Mesmo antes de se tornar Neon – quando ainda se chamava Controly -, já tinha parceria com uma empresa de segurança da informação, conta Dario. Hoje com 350 mil clientes, a empresa investe em ferramentas de prevenção, como contra ataques DDoS (ataques distribuídos de negação de serviço). Esse tipo de ataque tem o objetivo de tornar indisponível o serviço para os seus usuários através de uma sobrecarga de acessos.
Outra preocupação é com o acesso a aplicativo por meio de dispositivos móveis. Toda vez que um usuário tenta acessar o app por meio de um novo dispositivo, ele precisa passar por duas etapas de segurança: a biometria facial e a “one time password”, um código que é enviado ao celular e que pode ser utilizado apenas naquela ocasião. O mesmo procedimento é realizado para trocas de senhas.(M.F.C.)