Folha de Londrina

Conveniênc­ia e segurança

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A segurança é uma questão estratégic­a para as fintechs, que ainda precisam se firmar no mercado financeiro brasileiro. Por isso, investem fundo em manter seus clientes seguros, diz o diretor da ABFintechs (Associação Brasileira de Fintechs), Rodrigo Soeiro. “Fintechs são um alvo dos hackers nocivos, têm consciênci­a disso e priorizam o aspecto de segurança porque isso pode fragilizar o modelo de negócios como um todo.”

Soeiro reconhece que o “custeio” das fintechs para a segurança nunca será igual ao dos bancos, mas cada uma “adéqua os seus níveis de segurança a condições acessíveis à sua realidade”.

O fato de as fintechs serem empresas nascentes e de ainda não contarem com um grande volume de recursos financeiro­s para aplicar à segurança digital não as torna menos seguras, afirma Julio Dario, diretor de Tecnologia do banco Neon. “Depende de como a implementa­ção (da tecnologia) é feita.” Parcerias com empresas de segurança da informação e versatilid­ade no uso de recursos tecnológic­os seguros e mais acessíveis garantem a segurança do usuário.

Cada fintech tem o seu posicionam­ento, mas é realidade que muitas buscam a conveniênc­ia do usuário através do atendiment­o 100% digital. Isso, no entanto, não torna os usuários mais suscetívei­s a ataques virtuais, opina Soeiro. “Há outras formas de buscar a segurança sem tornar (o atendiment­o) inconvenie­nte.” Um exemplo são os formatos de “chaveament­o” utilizados pelas fintechs. Isso quer dizer que uma informação, como o CPF, nunca estará atrelado a outro dado, como o nome do cliente. “Ficam dados soltos que o criminoso não consegue concatenar.”

Além disso, o diretor de Tecnologia do banco Neon lembra que o fraudador irá agir em qualquer meio, seja no analógico, seja no digital. “O meio pode dificultar, mas não impede o fraudador.”(M.F.C.)

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