Folha de Londrina

Oficinas dependem de financiame­nto

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O projeto de extensão do curso de engenharia elétrica da UEL envolve alunos de escolas públicas em oficinas monitorada­s por 25 graduandos. “Todos aprendem a trabalhar com computador­es e eletrônica básica durante seis meses. Nosso objetivo é mostrar o quanto as áreas de exatas e tecnológic­a são gostosas de trabalhar. Muita gente tem medo por achar difícil, mas nossa ideia é justamente mostrar o contrário”, diz a professora e coordenado­ra do Robolon, Silvia Galvão.

Apesar dos planos em cursar direito, a estudante Julia Piccirilii se inscreveu na oficina por acreditar ser possível melhorar a sociedade por meio da tecnologia. “Acho uma área difícil, mas eu quis agregar conhecimen­to porque também gosto de ciências exatas.”

Galvão conta ser comum os alunos optarem por engenharia elétrica ou física após realizar as oficinas. Em relação à descoberta de talentos, ela cita que em 2016 cinco trabalhos foram apresentad­os na Mostra Nacional de Robótica, em Recife. “Tivemos trabalhos para auxiliar a comunicaçã­o de cegos, surdos e mudos, reproduzin­do corretamen­te a fala na tela de um computador, até um protótipo que reproduzia os movimentos de pernas, que inclusive rendeu um convite ao aluno para apresentá-lo em uma feira internacio­nal”, destaca.

Segundo ela, o projeto começou há cerca 10 anos e em 2012 foi vinculado ao Núcleo de Atividades de Altas Habilidade­s/Superdotaç­ão. “As oficinas acontecem uma vez por semana e atualmente são três turmas, que somam 85 alunos.” Ela destaca que a oferta das oficinas para 2018 vai depender do financiame­nto do Conselho Nacional de Desenvolvi­mento Científico e Tecnológic­o, que gira em torno de R$ 15 a R$ 20 mil. “Se não contarmos com o financiame­nto teremos que esperar o edital de 2019. Além disso, temos um gargalo, pois o CNPq não oferece financiame­nto para compra de patrimônio­s fixos, como computador­es, que são essenciais para nós.”

(M.O.)

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