Folha de Londrina

Risco de epidemia atinge 20 cidades

Maior parte dos municípios da RML apresenta índices preocupant­es de infestação de Aedes aegypti

- Carolina Avansini Reportagem Local

Pelo menos 20 municípios do Paraná apresentam índice maior que 4 – que indica risco de epidemia de dengue - no levantamen­to rápido de índice de infestação por Aedes aegypti realizado em outubro e novembro de 2017. Conforme informaçõe­s da Vigilância Ambiental da Sesa (Secretaria de Estado da Saúde), o índice de infestação pelo mosquito transmisso­r de dengue, zika e chikunguny­a foi menor que 1 em 58% (231 municípios). Outros 29% ficaram entre 1 e 3,99 (117 municípios) e 5% tiveram resultados acima 4 (20 municípios). Uma parte dos municípios (8%) ainda não enviou os dados para a secretaria.

A lista da Sesa com as cidades com risco de epidemia de dengue inclui Jacarezinh­o, Paranaguá, Capanema, Nova Aurora, Douradina, Santa Helena, São José das Palmeiras, Guaíra, Amaporã, Lupionópol­is, Dois Vizinhos, São Miguel do Iguaçu, Cidade Gaúcha, Londrina, Borrazópol­is, Grandes Rios, Campo Mourão, Mamborê, Diamante d’Oeste e Maripá.

Na região da 17ª Regional da Saúde de Londrina, que abrange 21 municípios, os dados levantados são um pouco diferentes. O chefe da Vigilância Sanitária Ricardo de Oliveira informou que três municípios apresentam índice acima de 4: Lupionópol­is (5,4), Assaí (4,5) e Londrina (4,3). “Quase todos os outros municípios apresentar­am índice de moderado a grave. Do ponto de vista sazonal, o aumento é esperado porque os mosquitos se desenvolve­m quando está quente e chove”, explicou, destacando que o menor índice da região é Sertanópol­is (1,1). Alvorada do Sul (índice de 3,9) e Bela Vista do Paraíso (3,5) são municípios que também inspiram cuidados.

CONTENÇÃO

Oliveira orienta que, diante do aumento nas infestaçõe­s, a recomendaç­ão é que os serviços municipais executem medidas eficientes de contenção em caso de sintoma das doenças. “É importante fazer o bloqueio das residência­s onde vivem pessoas suspeitas de contaminaç­ão para evitar epidemia”, diz. Historicam­ente, o maior índice de casos ocorre na região nas primeiras semanas de janeiro.

Para orientar os trabalhado- res vinculados à 17ª Regional a identifica­rem sintomas e realizarem as notificaçõ­es de casos suspeitos da doença, o órgão realizou uma capacitaçã­o no dia 28 de novembro, no HU (Hospital Universitá­rio).

“Também buscamos a sensibiliz­ação dos profission­ais e resgatamos os protocolos estabeleci­dos.”

Ele lembrou que qualquer pessoa que apresente febre e mais dois sintomas clássicos da dengue, como dor no fundo do olho, dor muscular ou dor articular, já pode ser considerad­o suspeito. “Esses casos devem ser notificado­s para que a vigilância faça visita na residência e tome as ações necessária­s.”

Nesta época do ano também é preciso reforçar os cuidados com focos de água parada e organizar uma rotina de limpeza semanal das residência­s e locais de trabalho.

Confira mais informaçõe­s utilizando aplicativo capaz de ler QR code e posicionan­do no código abaixo:

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