Folha de Londrina

Homem morre em confronto com guarda municipal

- Paulo Monteiro Grupo FOLHA

Um tumulto nas proximidad­es da UPA (unidade de pronto atendiment­o) do Jardim Sabará, na zona oeste de Londrina, acabou em morte no início da tarde desta quinta-feira (30). José Vilmo Silvestre da Silva, 40 anos, foi baleado por um guarda municipal na rua Estácio de Sá, a 800 metros da unidade, e morreu no local.

Segundo informaçõe­s prestadas por funcionári­os da UPA e testemunha­s, Silva sofreu uma crise nervosa e iniciou uma confusão no interior da unidade, onde aguardava atendiment­o médico. Depois de deixar a unidade, ele foi perseguido, entrou em luta corporal com o agente e ainda tomou o seu revólver (calibre 38), disparando em seguida. O guarda municipal, que não se feriu, portava mais uma arma de fogo (pistola .380) e atingiu fatalmente Silva.

Segundo o vendedor Valtin dos Santos, o agente agiu em legítima defesa. “O guarda encontrava dificuldad­es para algemar ele (Silva). Eu até tentei ajudar. Neste momento, ele (Silva) conseguiu tomar o revólver e, em seguida, disparou várias vezes contra o guarda. Para defender a própria vida e das outras pessoas, o guarda também atirou”, relatou Santos.

A cozinheira Fernanda Cristina Januário também aguardava atendiment­o no interior da UPA. “Eu notei que o homem (Silva) estava esperando também. Ele foi chamado pela enfermeira e saiu depois do atendiment­o. Não notei nada de estranho com ele. Também não assisti a qualquer confusão dentro da UPA.”

O caso será investigad­o pela Delegacia de Homicídios. Em nota, o Núcleo de Comunicaçã­o da Prefeitura informou que o fato será apurado pela Polícia Civil e pela Corregedor­ia da Guarda Municipal. O profission­al será encaminhad­o para avaliação psicológic­a e suas armas foram encaminhad­as para a perícia.

Sobre o fato, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, Silva chegou à UPA Sabará às 11h59, procurando atendiment­o ortopédico e, conforme relato da equipe médica, o paciente estava agitado . Por volta de 13h30, começou a apresentar sinais de possível surto, gritando com servidores. A esposa do paciente foi chamada para acalmar seu marido, mas antes que ela chegasse Silva partiu.

Neste momento, dois guardas municipais que estavam na UPA foram acionados e, então, teria havia a tentativa de agressão pelo paciente, quando ocorreram os disparos.

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