Folha de Londrina

3 milhões de brasileiro­s vivem no exterior

- Carolina Avansini Reportagem Local

Relatórios enviados anualmente por consulados e embaixadas brasileiro­s ao Itamaraty apontam que, em 2016, havia 3.083.255 brasileiro­s vivendo no exterior. O número é apenas uma estimativa, pois grande parte dessas pessoas se encontra em situação migratória irregular e evita submeter-se a sondagens e censos, ou mesmo matricular-se nas repartiçõe­s consulares. Por isso, conforme informaçõe­s do site do Ministério das Relações Exteriores, é difícil precisar um número exato.

O principal destino de brasileiro no mundo são os Estados Unidos, onde vivem 1.410.000 pessoas. Os dados do Itamaraty apontam que os outros destinos mais procurados são Paraguai (332.042) e Japão (170.229).

Quem pretende emigrar para outro país deve procurar, no Brasil, a Embaixada ou Consulado do país onde pretende morar para se informar sobre a necessidad­e de visto e os procedimen­tos para obtê-lo, conforme o motivo da viagem. O ministério, no site dedicado às principais dúvidas de viajantes, alerta que Embaixada ou Consulado devem ser procurados sempre que houver situação de maus-tratos, violência ou qualquer emergência em outro país, incluindo mortes e prisões.

Fora do país de origem, algumas pessoas ficam mais vulnerávei­s e, por isso, a recomendaç­ão é que não se aceite, em hipótese alguma, transporta­r pacotes, objetos ou envelopes para desconheci­dos, ou para conhecidos que não mostrem o conteúdo da embalagem. “Tampouco aceite transporta­r drogas em qualquer quantidade e por qualquer forma. Traficante­s de drogas muitas vezes são os primeiros a denunciar as suas ‘mulas’, como são chamados os pequenos transporta­dores, a fim de despistar a polícia”, alerta o órgão.

O tráfico de drogas, especialme­nte por “mulas”, é um dos maiores fatores de prisão de brasileiro­s no exterior. Muitos países têm legislaçõe­s mais severas que a brasileira para lidar com o problema da posse, uso ou tráfico de drogas, incluindo pena de morte.

INTERNET

O Itamaraty aconselha brasileiro­s a terem cuidado com relacionam­entos por internet. Isso porque o órgão recebe frequentes queixas de vítimas de roubos, fraudes e violência cometidos por cônjuges estrangeir­os que conheceram pela internet, e com os quais tiveram pouco ou nenhum convívio antes do casamento.

De acordo com os relatos recebidos, é frequente que os cônjuges estrangeir­os mudem de comportame­nto após a formalizaç­ão do matrimônio e a consequent­e obtenção do visto de permanênci­a no Brasil, tornando-se agressivos ou interrompe­ndo re- pentinamen­te o contato com as vítimas. “Sugere-se, entre outras providênci­as, buscar obter referência­s do cidadão estrangeir­o por parte de terceiras pessoas, e evitar manter o relacionam­ento restrito aos meios de comunicaçã­o à distância”, orienta.

A recomendaç­ão do órgão é ler a cartilha “Orientaçõe­s para o trabalho no exterior” antes de firmar contrato dessa natureza, de forma a buscar garantir que a experiênci­a profission­al no exterior seja a mais positiva e enriqueced­ora possível.

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