3 milhões de brasileiros vivem no exterior
Relatórios enviados anualmente por consulados e embaixadas brasileiros ao Itamaraty apontam que, em 2016, havia 3.083.255 brasileiros vivendo no exterior. O número é apenas uma estimativa, pois grande parte dessas pessoas se encontra em situação migratória irregular e evita submeter-se a sondagens e censos, ou mesmo matricular-se nas repartições consulares. Por isso, conforme informações do site do Ministério das Relações Exteriores, é difícil precisar um número exato.
O principal destino de brasileiro no mundo são os Estados Unidos, onde vivem 1.410.000 pessoas. Os dados do Itamaraty apontam que os outros destinos mais procurados são Paraguai (332.042) e Japão (170.229).
Quem pretende emigrar para outro país deve procurar, no Brasil, a Embaixada ou Consulado do país onde pretende morar para se informar sobre a necessidade de visto e os procedimentos para obtê-lo, conforme o motivo da viagem. O ministério, no site dedicado às principais dúvidas de viajantes, alerta que Embaixada ou Consulado devem ser procurados sempre que houver situação de maus-tratos, violência ou qualquer emergência em outro país, incluindo mortes e prisões.
Fora do país de origem, algumas pessoas ficam mais vulneráveis e, por isso, a recomendação é que não se aceite, em hipótese alguma, transportar pacotes, objetos ou envelopes para desconhecidos, ou para conhecidos que não mostrem o conteúdo da embalagem. “Tampouco aceite transportar drogas em qualquer quantidade e por qualquer forma. Traficantes de drogas muitas vezes são os primeiros a denunciar as suas ‘mulas’, como são chamados os pequenos transportadores, a fim de despistar a polícia”, alerta o órgão.
O tráfico de drogas, especialmente por “mulas”, é um dos maiores fatores de prisão de brasileiros no exterior. Muitos países têm legislações mais severas que a brasileira para lidar com o problema da posse, uso ou tráfico de drogas, incluindo pena de morte.
INTERNET
O Itamaraty aconselha brasileiros a terem cuidado com relacionamentos por internet. Isso porque o órgão recebe frequentes queixas de vítimas de roubos, fraudes e violência cometidos por cônjuges estrangeiros que conheceram pela internet, e com os quais tiveram pouco ou nenhum convívio antes do casamento.
De acordo com os relatos recebidos, é frequente que os cônjuges estrangeiros mudem de comportamento após a formalização do matrimônio e a consequente obtenção do visto de permanência no Brasil, tornando-se agressivos ou interrompendo re- pentinamente o contato com as vítimas. “Sugere-se, entre outras providências, buscar obter referências do cidadão estrangeiro por parte de terceiras pessoas, e evitar manter o relacionamento restrito aos meios de comunicação à distância”, orienta.
A recomendação do órgão é ler a cartilha “Orientações para o trabalho no exterior” antes de firmar contrato dessa natureza, de forma a buscar garantir que a experiência profissional no exterior seja a mais positiva e enriquecedora possível.