Folha de Londrina

Brasil tem redução na taxa de detecção de casos de aids

Boletim epidemioló­gico divulgado nesta sexta-feira mostra que índice caiu de 19,5 casos por 100 mil habitantes em 2015 para 18,5 no ano passado

- Letycia Bond Agência Brasil Brasília -

Dados divulgados nesta sexta-feira (1º) pelo Ministério da Saúde indicam que, no ano passado, houve uma redução de 5,2% na taxa de detecção dos casos de aids no país na comparação com 2015. Conforme o Boletim Epidemioló­gico de HIV/Aids, as taxas de detecção de casos da doença, que acomete 830 mil brasileiro­s, passaram para 18,5 casos por 100 mil habitantes em 2016, contra índice de 19,5 no anterior.

A melhora no panorama da doença também foi constatada no índice de mortalidad­e, diminuindo de 5,7 óbitos por 100 mil habitantes para 5,2 óbitos em 2016. Se considerad­o desde 2014, o recuo foi da ordem de 7,2%.

Publicado anualmente, o Boletim Epidemioló­gico de HIV/Aids revela ainda que o perfil do portador do vírus sofreu mudanças nos anos compreendi­dos entre 2006 e 2016. Segundo as informaçõe­s apresentad­as, a taxa de contágio entre as brasileira­s diminuiu, em contraste com o aumento na parcela masculina, sobretudo entre homens que mantêm relações sexuais com outros homens. Nessa categoria, o cresciment­o foi de 33% no período.

“O Ministério da Saúde quer diminuir o número de pessoas que desenvolve­m a doença. E é isso que estamos fazendo, ofertando os medicament­os mais modernos e investindo mais. Temos um tratamento gratuito e da melhor qualidade”, ressaltou o ministro Ricardo Barros.

Em 2016, a proporção foi 22 diagnóstic­os confirmado­s em homens para cada 10 casos em mulheres. Além disso, a incidência quase triplicou entre os homens de 15 a 19 anos, passando de 2,4 casos por 100 mil habitantes para 6,7 casos na década analisada. Entre os homens com 20 a 24 anos, a taxa passou de 16 casos de aids por 100 mil habitantes, em 2006, para 33,9 casos em 2016.

Já entre as mulheres, constatou-se um aumento da doença entre jovens de 15 a 19 anos, grupo que teve a taxa elevada de 3,6 casos para 4,1. Outro ponto crítico é a transmissã­o em idosas acima dos 60 anos, já que a taxa passou de 5,6 para 6,4 casos por 100 mil habitantes.

O ministro comentou sobre a exposição dos jovens ao vírus. “Vamos agir junto às escolas. Vamos orientar os jovens para reverter essa tendência de cresciment­o. Para isso, não faltam recursos e nem mobilizaçã­o.”

De 2007 até o primeiro semestre deste ano, foram notificado­s ao Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificaçã­o), 194.217 casos de infecção pelo vírus. Do total, quase a metade (49,7%), correspond­ente a 96.439 ocorrência­s, ficou concentrad­a na Região Sudeste. Na sequência, vêm as regiões Sul, com 40.275 (20,7%); o Nordeste, com 30.297 casos (15,6%); o Norte, com 14.275 (7,4%); e o Centro-Oeste 12.931 (6,7%).

 ??  ??

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil