Familiares pedem que buscas de submarino argentino prossigam
Na quinta-feira, Marinha anunciou que já não buscava sobreviventes, mas apenas o casco do submergível
Esposas, pais, mães e outros familiares pediram nesta sextafeira (1º) que a continuidade da operação de resgate dos 44 tripulantes do submarino “ARA San Juan”, desaparecido há 16 dias no Atlântico Sul. Na quinta, a Marinha argentina anunciou que já não buscava sobreviventes, mas apenas o casco do submergível. Segundo os militares e especialistas, não há esperanças de que a tripulação possa estar viva.
“Exijo que o presidente Mauricio Macri reverta a decisão de abortar o resgate. Estamos abandonando (os tripulantes) e não posso ficar calado”, reclamou Luis Tagliapietra, pai de Damián, um tenente de 27 anos que estava no submarino desaparecido, e um dos muitos parentes reunidos na entrada da base naval de Mar del Plata.
Na quinta, o porta-voz da Marinha, Enrique Balbi, explicou que, apesar de não ser possível afirmar que os tripulantes morreram, não há evidência alguma do naufrágio nas áreas exploradas e já transcorreu o dobro do tempo estimado para se encontrar alguém com vida.
No total, 28 navios, nove aeronaves e 4.000 homens participaram das operações de busca nos últimos 15 dias, que contaram com o apoio de 18 países, segundo o comunicado da Marinha. Foram vasculhadas 557 mil milhas náuticas quadradas de exploração visual e 1.049.479 milhas náuticas quadradas de exploração por radar.
O último contato do submarino com a base em Mar del Plata ocorreu na manhã de 15 de novembro, quando navegava pelo Atlântico Sul, na altura do Golfo San Jorge, a 450 quilômetros da costa. Em sua última mensagem, o ARA San Juan informou que havia superado uma avaria nas baterias - reportada horas antes provocada pela entrada de água pelo snorkel. Três horas após a comunicação, um ruído similar a uma explosão ocorreu na mesma zona onde estava o submarino.