Folha de Londrina

Força das cooperativ­as paranaense­s

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Ocooperati­vismo é um movimento importante em todo o mundo e a força das cooperativ­as na economia paranaense ficou clara no ranking divulgado recentemen­te, mostrando as 500 maiores empresas do sul do Brasil. Das 30 paranaense­s mais bem posicionad­as na lista, 11 são cooperativ­as. A Coamo, de Campo Mourão, é a que aparece em primeiro lugar no estado e na 10ª posição geral. Em Londrina, a Integrada é a empresa mais bem colocada. Em 2016, as 221 cooperativ­as do Sistema Ocepar faturaram mais de R$ 70 bilhões, valor que veio crescendo ao longo dos anos, sendo que nos últimos cinco anos, elas compuseram 56% do PIB Agropecuár­io do Paraná. Na próxima sexta-feira (8) serão divulgados os índices do setor para 2017. Do total de cooperativ­as que compõem o Sistema Ocepar, 15 faturam acima de R$ 1 bilhão, sendo que 14 são do setor agropecuár­io, e uma do setor de saúde. Algumas dessas organizaçõ­es têm mais de 90 anos e estão mostrando como crescer, tornando-se longevas e resistente­s às intempérie­s da economia. A força dessas empresas que utilizam um modelo de gestão democrátic­a é tema de reportagem desta segunda-feira (4). Especialis­tas ouvidos pela FOLHA analisam que o controle nas mãos de muitos “donos” pode tornar a tomada de decisões um pouco mais lenta, mas por outro lado, elas são bem pensadas e discutidas. É um diferencia­l importante. Desde 1970, o sistema do cooperativ­ismo vem sendo construído com planejamen­to estratégic­o e desenvolvi­mento de pessoal. E ganha ponto quando busca para o futuro não apenas faturament­o, mas cresciment­o sustentáve­l. Embora o cenário é otimista, fontes ouvidas pelo jornal lembram que há muito o que fazer para manter o bom posicionam­ento, como investimen­to em industrial­ização e divulgação das marcas. Um fator, porém, é mais preocupant­e: a infraestru­tura ineficient­e, carente de melhorias e modernizaç­ão, que impacta nos custos, produtivid­ade e rentabilid­ade.

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