‘Será que eu tenho tudo que essas empresas querem?’
Embora a pesquisa aponte que 56,9% dos profissionais entrevistados busquem por lideranças inspiradoras, a satisfação no trabalho também pode ser alcançada de forma autônoma por meio dos colaboradores. Mas como lidar com a carreira na empresa quando se tem um mau chefe?
Segundo Wellington Moreira, consultor da Caput Consultoria, o nível de satisfação do trabalhador é mais fácil de se atingir com o bom desempenho do líder, mas na falta de um, é possível se manter motivado. “Tem gente que prefere ficar reclamando, mas há dois caminhos: ou você muda de empresa ou aprende a trabalhar nesse lugar”, afirma.
Para não ficar apenas apontando os problemas do outro, Moreira defende que a equipe pode ajudar o líder a ser melhor. “Mas aí vai depender se ele quer. Uma coisa é ele ter dificuldade de ser um bom líder e outra é ele querer ser melhor”, aponta.
O consultor explica que os profissionais precisam entender o que é reconhecimento. Para alguns o elogio cai bem e para outros é necessário ter o nome no jornal informativo, mas, além disso, destaca a importância de se questionar. “A gente só tem reconhecimento quando fez mais que a obrigação. A maior parte das pessoas acha que tem um resultado extraordinário e não tem.”
No aspecto de clima agradável na empresa, afirma que muitos assumem o papel de liderança de maneira informal e acabam amenizando o ambiente, não dependendo sempre do gestor. “Seja a pessoa com a qual gostem de trabalhar, não crie intrigas, esteja disposto a ajudar e auxiliar em um clima alegre, que ri um pouco quando acontece algo ruim”. Dessa forma, acredita que o clima organizacional flui melhor.
Já a ascensão profissional depende muito do relacionamento entre superior e subordinado, por isso, Moreira afirma que é necessário sempre ter uma boa relação com a liderança. Dependendo da cultura da empresa, a afinidade, às vezes, pode passar por cima da meritocracia.
Nas organizações que possuem alto grau de satisfação, a competitividade por um cargo é mais alta. Dessa forma, o consultor indica a autoavaliação, voltando a pergunta para si: “Será que eu tenho tudo que essas empresas querem que eu tenha?”
Como funcionários, Moreira afirma que nem sempre é possível encontrar líderes inspiradores, e nesta situação cabe se questionar para buscar a satisfação. “O que eu posso fazer? O que está ao meu alcance? Como lidar? Então, a pessoa racionaliza e faz a parte dela”, finaliza.
(L.T.)