Folha de Londrina

No mundo, 281 foram mortos no ano passado

- (P. P.)

No âmbito global, o relatório aponta que diversos países não vêm cumprindo o dever de proteger os defensores de direitos humanos. O levantamen­to estima que 3.500 ativistas morreram em todo o mundo desde a adoção da Declaração sobre Defensores dos Direitos Humanos, em 1998. Só em 2016, foram mortos 281 - 49% deles atuavam em questões de terra, território e meio ambiente. Em 2015, o número era 156 e, em 2014, foram 136 registros.

As Américas aparecem como a região “mais perigosa para defensores dos direitos humanos nos últimos anos”. Das mortes registrada­s em 2015, mais da metade ocorreu no continente. Em 2016, o número subiu para mais de 75%.

As principais vítimas são defensores dos direitos das mulheres, trabalhado­res do sexo, do público LGBTI (lésbicas, gays, bissexuais, transgêner­os e inter-sexuais), povos indígenas, comunidade­s dominadas pelo crime organizado. Há também agressões a jornalista­s, profission­ais da lei, ambientali­stas e sindicalis­tas.

Em relação ao público LGBTI, por exemplo, mais de 2.300 pessoas foram mortas entre 2008 e 2016 em 69 países. No caso de sindicalis­tas, o relatório chama atenção para a Colômbia, onde foram registrada­s 2.860 mortes entre 1986 e 2011. De acordo com a Anistia Internacio­nal, 827 jornalista­s foram mortos entre 2006 e 2015 e apenas 8% dos assassinat­os foram solucionad­os.

De acordo com a Anistia Internacio­nal, as mortes poderiam ser evitadas caso fossem adotadas medidas visando priorizar o reconhecim­ento e a proteção dos defensores.

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