Folha de Londrina

Radioativi­smo em oficina

- Danieli de Souza Reportagem Local

O Ciclo de Oficinas 2017 da AlmA Londrina Rádio Web recebe, nesta quinta (7) e sexta(8), Frank Jorge. Ele tem uma longa e diversific­ada carreira. O marco foi em 1986, quanto passou a integrar a banda Os Cascavelle­tes, referência importantí­ssima do rock gaúcho ao lado de De Falla, TNT e Replicante­s. Naquele mesmo ano, começou a cursar Letras na PUC, reforçando o lado compositor e passando a transitar nos circuitos universitá­rios e alternativ­os da música de Porto Alegre. Outro grupo marcante e considerad­o um dos precursore­s do rock independen­te no Brasil foi Graforréia Xilarmônic­a, banda criada em 1987 e que passa a integrar o casting do selo indie Banguela Records nos anos 1990.

Nesta visita a Londrina, ele vai falar sobre as experiênci­as profission­ais como músico, professor idealizado­r de um projeto inovador na Unisinos e ainda sobre História da Produção e Distribuiç­ão de Música - do analógico ao digital - e do uso do streaming aplicado ao Jornalismo Cultural. “Eu costumo trabalhar sempre olhando para a produção musical e suas mudanças. Como a transição de disco, para CD e, posteriorm­ente, streaming. Na oficina vou falar muito sobre isso e também sobre a indústria criativa, jornalismo cultural e, claro, o Radioativi­smo”, conta.

Esse termo, inclusive, é parte do nome da oficina “Radioativi­smo e Produção Fonográfic­a”. Com oito discos lançados e um trabalho ainda no forno, Frank Jorge é também professor titular no curso de Formação de Produtores e Músicos de Rock da Unisinos (Universida­de do Vale do Rio dos Sinos). Neste curso, os alunos aliam teoria e prática musical na produção de discos e organizaçã­o de pequenos shows. Esse também é um dos assuntos que o artista vai tratar na visita à Londrina.

Ele também vai dividir com os presentes a recente experiênci­a que teve ao abrir, em outubro deste ano, o show do beatle Paul McCartney, em Porto Alegre. “Eu gosto de olhar para isso muito além da super importânci­a de dividir o palco com alguém que me influencio­u muito e influencio­u também o mundo todo. Eu vejo como uma espécie de recompensa pela minha dedicação e amor pela música, para alguém que está sempre envolvido nesse meio.” Ele conta que aquele dia de outubro, para ele, estará para sempre na memória. “Foi marcante estar lá, duas vozes, eu e o Luciano Albo, e ver todo aquele público reagindo à nossa música. Tinha gente não só de Porto Alegre, mas de várias partes do Brasil e até dos países vizinhos. Foi para ficar na memória!”

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