Folha de Londrina

Operação prende quatro por esquema em venda de ingressos

- Sérgio Rangel Folhapress

A Polícia Civil do Rio prendeu, na manhã desta segunda (11), quatro pessoas por integrarem um suposto esquema de repasse irregular de ingressos para torcidas organizada­s e cambistas. O assessor de imprensa da presidênci­a do Fluminense, Artur Mahmoud, é um deles. Além do assessor tricolor, a polícia prendeu o presidente da torcida organizada Raça Fla, Alesson Galvão de Souza. Também foram detidos Monique Patricio dos Santos Gomes e Leandro Schilling. Os dois são funcionári­os da empresa Imply, responsáve­l pela impressão de ingressos.

A ação policial foi a segunda fase da Operação Limpidus, que investiga um esquema em que até mesmo as organizada­s banidas dos estádios recebiam ingressos.

A Delegacia de Repressão aos Crimes de Informátic­a (DRCI) da Polícia Civil coordena a ação. No total, são 14 mandados de prisão - mas cinco já haviam sido cumpridos na primeira fase.

Chefe de Segurança do Vasco, Edmilson José da Silva, conhecido como “Tubarão”, não foi encontrado e, de acordo com a delegacia, era considerad­o foragido. Segundo a delegada Daniela Terra, os ingressos chegavam aos cambistas após dirigentes dos clubes entregarem os bilhetes para os integrante­s das torcidas organizada­s. A partir daí, os cambistas vendiam os ingressos por preços abusivos.

No dia 1º, três integrante­s de torcidas organizada­s do Fluminense foram presos. Eles também foram acusados de receberem ingressos da diretoria do clube e revendê-los a cambistas. Dirigentes e membros de torcidas do Vasco, Fluminense, Botafogo e Flamengo também foram conduzidos para depoimento.

Na ocasião, Pedro Abad, presidente do Fluminense, Eurico Brandão, vice de futebol do Vasco, e Anderson Simões, vice-presidente de estádios do Botafogo, foram prestar depoimento.

A Imply, responsáve­l pela impressão de ingressos, afirmou que “todos os ingressos dos jogos do Clube de Regatas do Flamengo são entregues direta e exclusivam­ente ao clube e registrado­s em protocolo”. “A empresa não compactua e não tolera qualquer ato que comprometa os valores éticos estritamen­te seguidos desde a sua fundação, há 15 anos”, completa.

FLUMINENSE

Poucas horas após a prisão de dois funcionári­os do Fluminense, a diretoria do clube tricolor criticou nesta segunda-feira a ação da polícia e afirmou que as detenções foram “arbitrária­s”. As autoridade­s não revelaram maiores detalhes sobre as acusações que recaem sobre os dois funcionári­os do Fluminense. Em nota oficial, o clube criticou a ação e afirmou que ambos já haviam dado os devidos esclarecim­entos como testemunha­s.

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Jotta de Mattos/Photopress/Estadão Conteúdo O presidente da torcida organizada Raça Fla, Alesson Galvão de Souza (à esquerda) foi um dos presos pela Operação Limpidus

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