Folha de Londrina

O rabugento da festa

Em nova edição, ‘Como o Grinch Roubou o Natal’ de Dr. Seuss, revela às crianças que o Natal possui um significad­o muito além dos presentes

- Marcos Losnak Especial para a Folha2

Luzes e mais luzes. Festas e mais festas. Músicas e mais músicas. Presentes e mais presentes.

Natal é uma época agitada e barulhenta.

Enquanto alguns se alegram, outros torcem o nariz. A alegria e a celebração incomodam ranzinzas, ranhetas e rabugentos.

Em 1957 o escritor e ilustrador norte-americano Dr. Seuss criou o personagem mais rabugento do Natal: o Grinch. Um monstrengo que acha o Natal algo horroroso, detestável, festivo e barulhento demais.

A história de Grinch acaba de receber uma nova edição lançada pela editora Companhia das Letrinhas. “Como o Grinch Roubou o Natal” ganhou uma nova tradução realizada pela poeta Bruna Beber.

Irritado com as comemoraçõ­es natalinas, Grinch coloca em prática uma ideia maravilhos­amente horrorosa. Na véspera do Natal, vestido de Papai Noel, ele entra pelas chaminés das casas com um saco vazio nas costas. E sai com o saco cheio.

Grinch simplesmen­te rouba os presentes das crianças. Rouba os presépios. Rouba os perus e toda comida da festa. Rouba as árvores de Natal, enfeites e luzes. Enfim, limpa tudo aquilo capaz de simbolizar a data natalina.

O que surpreende Grinch é o fato das pessoas mesmo sem presente, sem perus, sem guloseimas, sem luzes e enfeites, comemorare­m o Natal como se nada tivesse acontecido. O coração peludo de Grinch se derrete.

Em “Como Grinch Roubou o Natal”, Dr. Seuss (1904 – 1991) apresenta às crianças que no Natal existe algo mais do que presentes, perus, luzes, árvores, músicas, enfeites e festas. Existe um significad­o. Um significad­o muito além de luzes, presentes e comemoraçõ­es.

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