Folha de Londrina

RICARDINHO

Em entrevista ao Esporte Interativo, Ricardinho mira também boas campanhas no Paranaense e na Copa do Brasil

- Lucio Flávio Cruz Reportagem Local

Em entrevista, novo treinador do Londrina diz que LEC “tem potencial para pleitear a Série A” do Brasileiro

Otécnico Ricardinho inicia oficialmen­te o seu trabalho à frente do Londrina no dia 2 de janeiro, quando ocorre a reapresent­ação do elenco. Enquanto a bola não rola, o novo comandante alvicelest­e acerta os detalhes do planejamen­to e a busca por reforços para a próxima temporada.

Apresentad­o no dia 23 de novembro, Ricardinho não concedeu mais nenhuma entrevista à imprensa londrinens­e, por opção própria e também do clube, mas na semana passada participou do programa “No ar com André Henning”, do Esporte Interativo, e se mostrou muito animado com o desafio de comandar o alvicelest­e. “A minha expectativ­a é de realizar um grande trabalho. O Londrina tem potencial para pleitear a Série A porque tem organizaçã­o e estrutura para isso. Mas, teremos que trabalhar”, apontou. “Tem também o Estadual e a Copa do Brasil, com etapas impor- tantes onde projetamos passar de fases e fazer uma boa campanha”.

O LEC será o sétimo clube da carreira de Ricardinho, iniciada em 2012. O treinador, porém, não trabalhou por nenhuma equipe em 2017 e justificou a sua ausência à beira dos gramados por uma opção que vai ao encontro do seu projeto de carreira. “Tive alguns convites, mas dentro daquilo que eu imaginava como carreira não aceitei. É sempre importante analisar em que momento chega o convite, se em meio de competiçõe­s e o que será possível fazer dentro daquela realidade”, explicou.

Ao encontro do seu pensamento de realizar um trabalho a médio e longo prazos surgiu o convite do Londrina, que tem como marca principal a permanênci­a do técnico Claudio Tencati por quase sete anos à frente do clube. Ricardinho reconheceu a pressão que irá enfrentar e também as comparaçõe­s inevitávei­s com o ex-treinador.

“Existe uma mentalidad­e de trabalho a longo prazo no clube, do gestor, e é com esta expectativ­aqueeuvoup­ara lá. Claro que vai haver uma mudança e isso é normal, pois cada profission­al tem a sua maneira. Mas, não vou chegar e mudar tudo até porque não tem necessidad­e. O Londrina é um clube organizado e as últimas campanhas comprovam isso”.

ESTILO

Como jogador, Ricardinho foi um meia clássico, de trato fino com a bola. O novo comandante alvicelest­e ressaltou mais uma vez a forma como ele gosta que seus times atuem, valorizand­o a posse de bola e propondo o jogo. “Gosto de um time que goste da bola. Mas, não é ter 70, 80% de posse de bola e não ganhar a partida. É ter a bola consciente e com produtivid­ade, com iniciativa de jogo”, afirmou. “Isso não significa que em um jogo que estejamos ganhando eu não possa espe- rar o adversário para matar o jogo. Mas, aí são circunstân­cias de um jogo, e não caracterís­tica de time”.

Ricardinho vai assumir o Londrina com um plantel já pronto, com pelo menos 25 atletas, mas deixou claro com que tipo de jogador gosta de trabalhar. “Hoje tem muito pouco jogador que gosta do confronto, de atuar no último terço do campo. É uma jogada individual, a criativida­de que desestrutu­ram equipes bem montadas. Jogador comigo terá liberdade e instigo sempre a fazer isso em campo”.

É a criativida­de que desestrutu­ra equipes bem montadas. Jogador comigo terá liberdade”

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Gustavo Oliveira/Londrina Eporte Clube Ex-meia espera ver no Tubarão a inventivid­ade que ele tinha como jogador: “Gosto de time que gosta da bola”

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