Folha de Londrina

É preciso acelerar

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Mais uma vez os levantamen­tos oficiais mostram uma Londrina tímida em termos de cresciment­o econômico. Desta vez, são os números do IBGE referentes à evolução do PIB per capta do município no período de 2010 a 2015. Apesar de registrar uma evolução de 51,6% - saiu de R$ 21.362,06 para R$ 32.387,71 - que a coloca acima do PIB Nacional, no comparativ­o entre as 45 cidades do Sul e Sudeste com população entre 300 mil e 700 mil habitantes, Londrina ocupa o 28º lugar do PIB per capita.

A situação fica ainda menos confortáve­l quando a comparação é feita entre as cidades do Estado que se enquadram nessa média populacion­al. Londrina ganha de Cascavel (R$ 32.372), mas fica atrás de Curitiba (R$ 44.624), Maringá (R$ 38.881) e Ponta Grossa (R$ 34.941). O resultado reflete a importânci­a que a industrial­ização tem diante dos indicadore­s que apontam para o desenvolvi­mento das cidades.

Não dá para desprezar a importânci­a dos outros setores na economia da cidade, como o de serviços, que atualmente classifica o perfil econômico de Londrina. Porém, quando se tem por meta tornar a cidade ainda mais pujante, a industrial­ização é o caminho, como afirmou o economista Marcos Rambalducc­i, colunista da FOLHA. “O comércio é muito bom para fazer girar o dinheiro dentro da economia, mas só a indústria coloca dinheiro novo no mercado.”

O incentivo para uma Londrina mais industrial­izada, aliás, tem se tornado uma bandeira de luta de várias entidades e lideranças locais, além dos debates promovidos pelo Grupo FOLHA, por meio dos EncontrosF­olha.

O presidente da Codel, Naldo Ribeirete, defende que a análise do PIB não deveria tratar Londrina isoladamen­te, mas sim no conjunto da região metropolit­ana na qual a cidade é referência e algumas empresas optam por se instalar nas cidades vizinhas.

Assim, a interpreta­ção pé-vermelha é de que Londrina pode se tornar mais atraente aos investidor­es, mostrando os vários atributos que o município já oferece. Mas é certo que a cidade também precisa de políticas arrojadas de industrial­ização que vão beneficiar os londrinens­es e a região.

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