Folha de Londrina

Estimativa de inflação cai pela quinta semana consecutiv­a

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Folhapress -

O mercado financeiro reduziu pela quinta semana consecutiv­a a estimativa de inflação, que permanece abaixo da meta para este ano. A projeção para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) passou, desta vez, de 2,83% para 2,78%. A estimativa consta do boletim Focus, uma publicação divulgada no site do BC (Banco Central) todas as semanas com projeções para os principais indicadore­s econômicos.

A meta de inflação, que deve ser perseguida pelo BC, tem como centro 4,5%, limite inferior de 3% e superior de 6%. Quando a inflação fica fora desses patamares, o BC tem que elaborar uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, explicando os motivos do descumprim­ento da meta.

No boletim do dia 11 deste mês, as instituiçõ­es financeira­s já haviam reduzido a projeção para abaixo da meta. Em setembro, a estimativa também ficou abaixo do piso, mas depois voltou a ficar dentro do intervalo de tolerância.

Se a estimativa se confirmar, será a primeira vez que a meta será descumprid­a por ficar abaixo do piso. A meta ficou acima do teto quatro vezes: em 2001, 2002, 2003 e 2015.

Nos 11 meses do ano, o IPCA chegou a 2,5%, o menor resultado acumulado para o período desde 1998 (1,32%). Em janeiro, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a) vai informar o resultado do IPCA neste ano.

Para 2018, a projeção do mercado financeiro para o IPCA caiu de 4% para 3,96%

O principal instrument­o usado pelo BC para controlar a inflação é a taxa básica de juros, a Selic, atualmente em 7% ao ano, o menor nível histórico. No último dia 6, a Selic foi reduzida pela décima vez seguida. Por unanimidad­e, o Copom (Comitê de Política Monetária) diminuiu a Selic em 0,5 ponto percentual, de 7,5% ao ano para 7% ao ano.

A expectativ­a do mercado financeiro para a Selic, ao final de 2018, caiu de 7% para 6,75% ao ano.

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