Cidade Industrial de Londrina deve sair do papel em 2018
Empréstimo de R$ 25 milhões junto ao Fomento Paraná vai viabilizar a infraestrutura do condomínio fechado na zona norte
Londrina finalmente vai tirar do papel a construção do seu famigerado (e aguardado) condomínio industrial fechado. A novela que se iniciou em março de 2015 – ainda no governo Alexandre Kireeff quando foi sancionada a lei para adquirir o terreno da Cohab (Companhia de Habitação de Londrina) – e que passou por diversas dificuldades e idas e vindas neste período, como falta de recursos e entraves ligados ao Plano Diretor da cidade, será oficialmente anunciado na primeira quinzena de 2018. O local? Exatamente onde a administração anterior vislumbrava: a Cidade Industrial de Londrina (Cilon), zona norte do município.
O trabalho ganhou fôlego na gestão Marcelo Belinati (PP) com a aprovação semana passada na Câmara Municipal do projeto de lei que autoriza um empréstimo de R$ 25 milhões para o andamento da obra do condomínio fechado através do Fomento Paraná. A área fica na avenida Saul Elkind, no sentido Londrina a Cambé, a 3,6 km da PR-445 e da BR-369 e com acesso direto ao futuro Contorno Norte de Londrina, na região noroeste. Aproximadamente 170 lotes serão viabilizados aos empresários, com terrenos de 2, 4, 6 e 8 mil metros quadrados, dependendo do tipo de empreendimento, totalizando 980 mil metros quadrados.
Em conversa com a FOLHA, o secretário de Governo, Marcelo Canhada, relata que junto à liberação do montante, a prefeitura já finalizou o projeto arquitetônico e ainda trabalha em outras questões técnicas antes do lançamento oficial. “Em janeiro, quando for apresentado oficialmente, a ideia é que o empreendedor já saiba qual tipo de empresa o condomínio irá aceitar, do ponto de vista ambiental e também de outras licenças. Estamos finalizando esses detalhes”, adiantou ele. A apresentação acontecerá junto com o Sinduscon Norte e Clube de Engenharia e Arquitetura de Londrina (Ceal), que estão auxiliando o município.
Para que as indústrias se aloquem no condomínio, Canhada relata que o “poder público dará prazo para que o empresário possa pagar e terreno e iniciar a construção”. Segundo o secretário, a ideia da Prefeitura é angariar recursos nessas transações para iniciar a construção de novos condomínios industriais neste mesmo formato. “O espaço terá toda a logística para facilitar a vida do empreendedor e também do empregado, com agência bancária, refeitório e toda a infraestrutura para a geração de empregos.”
Questionado sobre por que a área do Cilon seria o melhor local – já que a gestão atual tinha dúvidas sobre o andamento da industrialização da cidade naquele espaço – Canhada disse que foi avaliado como a melhor estratégia. “Era uma área industrial que só tinha uma placa e agora estamos tirando o projeto do papel. Acredito que é (o projeto) mais importante em 20 anos na retomada da industrialização da cidade.”
Por fim, o secretário disse que será um projeto bem moderno porque rapidamente através da CNAE (Classificação Nacional das Atividades Econômicas), o empresário saberá da sua viabilidade de instalação no local. “A grande maioria das empresas vai poder se instalar lá”, complementou ele.
O espaço terá toda a logística para facilitar a vida do empreendedor e também do empregado, com agência bancária, refeitório”